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    Manifestações neste domingo defendem a Lava Jato; acompanhe

    Atualizado às 26/03/2017 20h19

    Os grupos que protagonizaram manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) protestarão contra o voto em lista fechada neste domingo (26), na avenida Paulista e em outras cidades do país.

    A pauta foi incluída pelos dois principais organizadores do ato, os grupos MBL (Movimento Brasil Livre) e Vem Pra Rua.

    Além dessa bandeira, o protesto deste domingo volta a fazer a defesa da Operação Lava Jato.

    Acompanhe

    Caros leitores, encerramos aqui a cobertura das manifestações deste domingo (26). Muito obrigada pela leitura. Boa noite.

    Com público acanhado, protestos aconteceram em 21 capitais do país

    Pelo menos 21 capitais tiveram protestos contra a corrupção neste domingo (26), segundo levantamento da Folha -mas reuniram um público acanhado, em comparação às manifestações pelo impeachment, no ano passado.

    Em algumas cidades, como Belém e Manaus, não havia mais que cem pessoas. Mesmo em grandes capitais, como Porto Alegre e Recife, a estimativa dos próprios organizadores não passou de 5.500 pessoas. Em Brasília, foram 500 pessoas, segundo a Polícia Militar.

    Líderes dos movimentos que organizaram o ato disseram que já tinham uma expectativa menor de público, especialmente em função da pauta, mais "complexa", e do fim de uma "pauta-bomba" e urgente, como era o impeachment.

    Ato na Paulista termina com público menor do que manifestações anteriores

    Terminou por volta das 18h30 protesto em defesa da Lava Jato deste domingo (26) na avenida Paulista.

    Segundo o MBL (Movimento Brasil Livre), um dos organizadores, a manifestação reuniu cerca de 15 mil manifestantes, número bastante inferior aos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2016. A Polícia Militar não divulgou estimativas.

    Os carros de som de alguns movimentos, no entanto, permanecem na avenida, que segue fechada para carros nos dois sentidos na altura do Masp. (ANGELA BOLDRINI)

    Temer não tem credibilidade para realizar as reformas no país, diz Ronaldo Caiado

    O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse que o governo do presidente Michel Temer não em credibilidade para realizar reformas estruturais no país.

    "Legítimo [o governo] é. Mas, além da legitimidade, você precisa da credibilidade. Você precisa de credibilidade para ter movimentos de apoio para fazer as reformas", afirmou o senador.

    Caiado disse estar preocupado com a ausência de discussões sobre as reformas propostas pelo governo no ato da avenida Paulista.

    "O governo perdeu a capacidade de comunicação. O sistema presidencialista não cabe ao Congresso. É o presidente da República que tem que ir na televisão e botar a cara", afirmou.

    Caiado tirou selfies com os manifestantes e ouviu pedidos para se candidatar à presidência. Ele respondeu que, no momento, só é candidato a governador de Goiás.

    Quando um manifestante perguntou ao senador se ele seria candidato a presidente, ele disse: "Estou trabalhando para isso".

    Questionado sobre a possibilidade de candidatos "outsiders" —aqueles que parecem distantes da política, como o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB)—, poderem se destacar na eleição de 2018, o senador respondeu que o tucano "sempre foi político".

    "Tenho muito orgulho de ser senador, nunca vi democracia no mundo sem partido e muito menos sem deputado e senador. Eu não concordo com essa tese de que um 'outsider' vá resolver o problema. Ele [Doria] sempre foi político, vem de militância anterior, é de família de político e se candidatou como político." (EDOARDO GHIROTTO e ANTONIO MAMMI)

    Diana Lott/Folhapress
    Ronaldo Caiado tira fotos com manifestantes ao lado do carro do movimento Vem Pra Rua
    Ronaldo Caiado tira fotos com manifestantes ao lado do carro do movimento Vem Pra Rua

    MBL estima público em 15 mil manifestantes, PM não divulgará estimativa

    Segundo a estimativa do MBL (Movimento Brasil Livre), a manifestação deste domingo (26) reuniu 15 mil pessoas na avenida Paulista.

    A Polícia Militar afirmou que não divulgará sua estimatimativa de público. (ANGELA BOLDRINI)

    Doria é 'Lula moderninho', diz punk na manifestação da Paulista

    Punk desde os 15 anos, o técnico em edificações Eduardo Blanco, 46, empunhava uma bandeira pedindo a moralização dos três "podreres".

    Ele se diz anarquista, "mas não no sentido da bagunça". "Eu quero menos Estado e mais povo. Quero igualdade, povo no poder e que se fodam os comunistas."

    Blanco disse ter sido bem acolhido pelos outros manifestantes. No entanto, ele não se identifica com os movimentos que convocaram o ato. Também desaprova a gestão do prefeito de São Paulo, João Doria. "É um comunista, um Lula moderninho." (EDOARDO GHIROTTO E ANTONIO MAMMI)

    Edoardo Ghirotto/Folhapress
    O técnico em edificações Eduardo Blanco
    O técnico em edificações Eduardo Blanco
    Eduardo Anizelli/Folhapress
    Líder do movimento "Vem Pra Rua", Rogerio Chequer, durante manifestação na avenida Paulista
    Líder do movimento "Vem Pra Rua", Rogerio Chequer, durante manifestação na avenida Paulista

    'Vocês são a razão do fim do meu medo', diz Regina Duarte no carro do Vem pra Rua

    O humorista Marcelo Madureira, ex-Casseta e Planeta, subiu no carro de som do Vem Pra Rua.

    Ao lado de Rogério Chequer, líder do movimento e colunista da Folha, Madureira defendeu a Lava Jato e criticou o ministro Gilmar Mendes e os ex-presidentes petistas.

    Ronaldo Silva/Futura Press/Folhapress
    Atriz Regina Duarte durante o protesto em defesa da Lava Jato na Avenida Paulista
    Atriz Regina Duarte durante o protesto em defesa da Lava Jato na Avenida Paulista

    "Lula, seu vagabundo, não temos medo de você! Dilma, sua ladrona, sua vagabunda, não temos medo de você", gritou.

    Outra celebridade a subir no carro de som do grupo foi a atriz Regina Duarte.

    "Vocês são a razão do fim do meu medo", disse a atriz. Nas eleições de 2002, a atriz participou do horário político do PSDB, na campanha de José Serra. Ficou famosa a sua frase "eu tenho medo", referindo-se à possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Os famosos participaram do encerramento das atividades do Vem pra Rua no ato. Assim como no começo, no final, o grupo tocou o Hino Nacional.

    Manifestantes fazem coro na Paulista, muitos com a mão no peito e olhos fechados e terminam com aplausos. "Vamos fechar com o hino para lembrar que precisamos de uma faxina geral", afirmou Chequer. (EDUARDO MOURA, FLÁVIO FERREIRA e THAIZA PAULUZE)

    Eduardo Moura/Folhapress
    O humorista Marcelo Madureira, ex-Casseta e Planeta, no carro do Vem Pra Rua
    O humorista Marcelo Madureira, ex-Casseta e Planeta, no carro do Vem Pra Rua

    Catador de recicláveis veste os filhos de verde e amarelo para protestar

    O catador de materiais recicláveis Thiago Santos, 28, trouxe os quatro filhos para acompanhar os protestos deste domingo (26) na avenida Paulista.

    As crianças, com idades entre sete e três anos, vieram com roupas nas cores verde e amarela, símbolo das manifestações. Um dos cachorros que acompanhava a família também foi vestido com uma bandeira brasileira.

    Santos usou o carrinho com que carrega recicláveis para levar as crianças durante o protesto. Ele mora num acampamento improvisado em São Paulo, após ter sido despejado da antiga moradia.

    Beneficiário do Bolsa Família, diz que falta de saúde e educação de qualidade são os principais problemas do país. Para ele, o protesto será em vão. "Isso aqui não vai dar em nada. Meu lema é fora Temer, fora Lula, fora todos. Mas acho que vai continuar tudo igual, assim como em outras manifestações que já ocorreram." (RICARDO HIAR)

    Ricardo Hiar/Folhapress
    O catador de recicláveis Thiago Santos levou os quatro filhos para a manifestação
    O catador de recicláveis Thiago Santos levou os quatro filhos para a manifestação

    Manifestantes se preparam para deixar a Paulista

    Um dos principais grupos no protesto deste domingo (26), o MBL (Movimento Brasil Livre) já desmontou o seu carro de som.

    Segundo um guarda da CET, a avenida Paulista, onde acontecem os protestos em São Paulo, será liberada em 30 minutos. (ANGELA BOLDRINI)

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