Strokes faz show recheado de hits antigos no encerramento do Lolla
Conhecido por sua pegada roqueira, o festival Lollapalooza chega à sexta edição brasileira neste sábado (25) e no domingo (26), no autódromo de Interlagos, com um line-up peculiar.
Fora uma ou outra grande atração, como os headliners Metallica e The Strokes, a programação é dominada por artistas da cena eletrônica ou que são influenciados por ela. The Weeknd e The Chainsmokers são só alguns exemplos dessa nova cara do festival.
Confira em tempo real a cobertura da "Ilustrada".
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Encerramos aqui o acompanhamento ao vivo do Lollapalooza de 2017; obrigado por nos acompanharem e até a próxima.
Victoria Azevedo/Folhapress Público caminha em direção da saída do autódromo de Interlagos após fim do evento FLUME
Duração real: 12 minutos de atraso (começou às 20h57) e terminou às 21h58; durou uma hora.Poderia ter durado: 20h45 - 22h (1h15, 75 minutos)
Número de músicas: não dá para saber; tocou música atrás de música sem parar.
Look da banda: Flume veste uma camisa e calça branca.
Lição: Tem espaço pra raves no Lollapalooza; a eletrônica não fica restrita ao palco Perry's.
Resumo: Um pano preto cobria o palco Axe. Doze minutos depois do horário em que o show iria começar, flashes de luz revelaram a silhueta do DJ. Quando a cortina subiu, um show de luzes intenso e gritos (altíssimos) do público, predominantemente jovem. O DJ, produtor e músico australiano Harley Edward Streten, conhecido como Flume, lançou em 2012 seu primeiro trabalho, homônimo, que caiu nas graças da crítica. O artista (que veio ao Lolla em 2014) já fez remixes para canções de Lorde, Sam Smith, Arcade Fire e Disclosure, entre outros, e tem parcerias com Chet Faker e Tove Lo —a artista, inclusive, subiu ao palco para cantar ao lado dele. Seu segundo álbum, "Skin" (2016), lhe rendeu em 2017 o Grammy de melhor álbum de dance/eletrônica. O público não parou de dançar em nenhum momento e o clima de rave tomou conta do palco: jogo de luzes e projeções, jovens de óculos escuros e muita mão pro alto. (VICTORIA AZEVEDO)
Como de costume, Strokes faz um show arrastado, bem abaixo daquele que fez em 2011, no festival Planeta Terra. É assim mesmo, mas o estado alcoólico de Julian Casablancas vem piorando as apresentações. A memória da banda nos discos ou nas pistas parece melhor do que pagar um ingresso salgado. (DAIGO OLIVA)
Com "Hard to Explain", Strokes encerram sexta edição do Lollapalooza brasileiro.
Como de costume, Strokes faz um show arrastado, bem abaixo daquele que fez em 2011, no festival Planeta Terra. É assim mesmo, mas o estado alcoólico de Julian Casablancas vem piorando as apresentações. A memória da banda nos discos ou nas pistas parece melhor do que pagar um ingresso salgado. (DAIGO OLIVA)
Como de costume, Strokes faz um show arrastado, bem abaixo daquele que fez em 2011, no festival Planeta Terra. É assim mesmo, mas o estado alcoólico de Julian Casablancas vem piorando as apresentações. A memória da banda nos discos ou nas pistas parece melhor do que pagar um ingresso salgado. (DAIGO OLIVA)
STROKES
Duração real: 78 minutos (20h42-22h)
Poderia ter durado: 60 minutos seriam mais do que suficiente, do jeito que a banda estava
Número de músicas: 17
Look da banda: o de sempre —hipster nova-iorquino do início do século
Resumo: "Tá todo mundo aí? A cerimônia vai começar. Acordem!" Já eram 20h42 quando o vocalista Julian Casablancas, aparentemente ébrio, avisou ao vasto público que esperava debaixo de garoa que os Strokes iam entrar em cena.
O quinteto americano entrou ao som de "The Modern Age", seguida por "Soma", num indicativo do que estava por vir: o repertório privilegiaria totalmente o primeiro disco, "Is This It" (2001), com nove das 17 canções do show, quase todas hits.
Mas houve espaço também para a produção mais recente (e menos empolgante) da banda. Canções como "Drag Queen" e "Threat of Joy", de forte pegada oitentista, não tiveram grande eco na plateia.
Conversando muito entre as canções, ora fazendo piadas sem graça, ora falando com o público, Casablancas não ajudou a manter o pique da apresentação. "No futuro, eu provavelmente deveria preparar coisas para dizer", comentou o vocalista a certa altura. De fato, Casablancas. Ater-se a cantar também pode funcionar.
Pequenos erros dos músicos e falhas técnicas de som também ajudaram a minar a qualidade do show, mas, para os fãs, a oportunidade de cantar junto sucessos como "Last Nite" e "Reptilia" pareceu compensar tudo. O fato de que ninguém pediu bis após a banda sair do palco sem falar nada, uma hora depois de entrar, mostra que a maioria ficou meio cansada do que viu, no entanto.
Lição: Strokes, ao menos em sua forma atual, funciona melhor nas pista do que ao vivo. Podem dar lugar a bandas mais interessantes e interessadas nas próximas escalações de festivais nacionais. (MARCO AURÉLIO CANÔNICO)
Acabou o show do Flume. O público bate palma e pede mais: "Flume, Flume, Flume". (VICTORIA AZEVEDO)