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Seleção brasileira convoca jogadores para a Olimpíada do Rio
O técnico Rogério Micale divulgou nesta quarta-feira (29), na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio, os 18 convocados para a Olimpíada do Rio.
A equipe é composta por jogadores com até 23 anos, mas o regulamento prevê três "veteranos" entre os convocados. Fernando Prass, Neymar e Douglas Costa foram os escolhidos pelo técnico.
A seleção brasileira, que busca o ouro olímpico inédito, se apresenta no dia 18 de julho na Granja Comary, no Rio, para iniciar os treinamentos para os Jogos.
O time de Micale está no grupo A da competição, ao lado de África do Sul, Dinamarca e Iraque.
GOLEIROS
Fernando Prass (Palmeiras), Uilson (Atlético Mineiro)
LATERAIS
William (Internacional), Douglas Santos (Atlético Mineiro), Zeca (Santos)
ZAGUEIROS
Rodrigo Caio (São Paulo), Luan (Vasco da Gama), Marquinhos (Paris Saint Germain)
MEIAS
Thiago Maia (Santos), Rodrigo Dourado (Internacional), Fred (Shaktar Donetsk), Rafinha Alcântara (Barcelona), Felipe Anderson (Lazio)
ATACANTES
Neymar (Barcelona), Douglas Costa (Bayern de Munique), Luan (Grêmio), Gabriel Barbosa (Santos), Gabriel Jesus (Palmeiras)
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"Mais que estrela mundial, ele [Neymar] é um ser humano. É um homem com sentimentos e reações como qualquer um de nós. A conversa com o Neymar vai ser de homem para homem e vamos construir uma relação. Eu acredito que vai ser uma boa relação porque vai ser muito transparente. Mas vou conversar com todos", diz Micale.
"Essa situação [os problemas emotivos da seleção na Copa do Mundo de 2014] representou um momento difícil do nosso futebol, mas é nesse momento que podemos tirar ensinamentos. Ainda somos fortes no cenário mundial. Acredito que o futebol brasileiro é muito criticado, mas vejo uma movimentação muito grande para melhorar tudo isso. Mas precisamos olhar para a frente", diz Micale.
Micale ainda não sabe quem vai ser o capitão da equipe. "É uma pergunta difícil para responder porque vou conhecer o Neymar [capitão da seleção principal], vou conversar com ele. Vou falar com outros atletas. Vou ver as características deles. Seria leviano da minha parte falar do Neymar se eu ainda não tive uma convivência com ele. O Neymar pode ser [capitão], como qualquer outro. Vai depender da convivência, do olho no olho, do respeito, e aí vamos tirando as conclusões. Primeiro quero ter uma conversa com todos, e não só com o Neymar, para escolher quem vai ser o capitão da equipe. E a faixa é só uma exposição pública. Não quero um. Se possível, queria todos com esse perfil", diz Micale.
"Se eu falar para você que não [tive um frio na barriga], estaria mentindo. Estou tendo uma grande oportunidade, a maior da minha vida até aqui. O que me traz segurança é a preparação. São todas as fases da vida que você passa. É uma honra ter o Tite do meu lado. Não vou ter constrangimento em falar com ele. Quero estar perto dele. Vai ser importante para a minha carreira", diz Micale.
"Como vamos iniciar um trabalho, é prematuro definir [quem vai ser o capitão]. Vamos estar juntos, tem alguns jogadores que já vamos ter um primeiro contato e depois vamos fazer um perfil e decidir isso num momento oportuno", diz Micale.
"Eu vejo equilíbrio [no time]. Com uma lista de 18 atletas, privilegiamos a versatilidade de alguns jogadores. O Marquinhos pode jogar tanto de zagueiro como lateral. O Fred domina o meio de campo. A lista é complexa, tem que ter uma visão mais ampla. Pelos nomes, é uma lista com equilíbrio", diz Micale.
"O Luan esteve presente no Pan, foi capitão, tem perfil de liderança, tem qualidade, atua com frequência no Vasco, o clube vive um bom momento. Acreditamos nele, tem qualidade, tem um perfil agregador. Tudo isso o credenciou para estar aqui", diz Micale.
"Tive que trabalhar muito, sempre, para provar a minha capacidade. O desafio, neste momento, não é diferente. As minhas palavras não vão responder [às críticas]. Temos que trabalhar. E o resultado vai dizer se realmente a pessoa é capaz ou não. Mas eu me sinto preparado. A minha expectativa é a melhor possível. Não quero calar os críticos. Cada um pode dizer o que quiser. Vou seguir a minha linha com convicção", diz Micale.
"É uma grande oportunidade na minha carreira [treinar a seleção olímpica]. Eu me sinto preparado, estudei, me preparei. Lutei muito, comecei em equipes pequenas, fui passo a passo para ter uma oportunidade como essa. E hoje tenho um suporte muito grande. Eu me sinto realizado por ser um brasileiro que sonhou e hoje estou realizando esse sonho, vou poder mostrar o meu trabalho. Por opção, sempre treinei categorias de base e agora darei mais um passo, para o profissional", diz Micale.
"O trabalho é que vai dizer se somos merecedores de vencer [o ouro]", diz Micale.