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Após impeachment, São Paulo tem noite de confrontos em protesto
Após a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff e posse de Michel Temer como novo presidente da República, o centro de São Paulo teve noite de protestos nesta quarta (31).
Manifestantes contrários ao impeachment entraram em confronto com a Polícia Militar em pelo menos quatro pontos da cidade.
O primeiro confronto aconteceu na rua da Consolação, onde manifestantes foram dispersados por bombas de efeito moral. Segundo a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo, a polícia reagiu depois que um "grupo começou a incendiar montes de lixo e agredir policiais com pedras".
Ao menos sete pessoas ficaram feridas. Fotógrafos que cobriam protesto sofreram agressões de policiais militares e o prédio da Folha foi atacado.
Essa é a segunda vez na história que um processo de impeachment resulta na queda do chefe do Executivo. Sob suspeita de corrupção, Fernando Collor de Mello (1990-1992) renunciou horas antes da votação do seu processo, mas o Senado decidiu à época concluí-la, o que culminou na condenação por crime de responsabilidade.
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A cobertura minuto a minuto do impeachment de Dilma Rousseff e da repercussão da posse de Michel Temer ficar por aqui.
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Depois de confrontos na Rua da Consolação, manifestantes e policial ficaram feridos
O enfrentamento entre a Polícia Militar e manifestantes contrários ao impeachment de Dilma Rousseff na noite dessa quarta (31), na Rua da Consolação, deixou feridos.
Após o ato ter se dispersado, depois da PM disparar bombas de efeito moral e gás lacrimogênio, manifestantes procuraram abrigo nos estabelecimentos dos arredores.
Uma das feridas foi a estudante L.L., de 17 anos, que foi machucada por estilhaços de bomba. Ela diz que nunca havia participado de um ato em que houve confronto com a polícia, apenas de manifestações pacíficas. Ela foi uma das aproximadamente 30 pessoas que procuraram abrigo em estúdio de dança perto do local do confronto.
Angela Boldrini/Folhapress A perna da estudante L.L, que foi atingida por estilhaços de bomba na Rua da Consolação Outro manifestante, que pediu para não ser identificado, foi ferido por estilhaços no braço.
Angela Boldrini/Folhapress Manifestante ferido em manifestação Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que um PM foi ferido e levado para atendimento médico.
Polícia e manifestantes entram novamente em confronto na Rua da Consolação
Um grupo de manifestantes tentou, novamente, bloquear a Rua da Consolação, no centro de São Paulo.
A PM respondeu com bombas de efeito moral. Na confusão, o protesto se dispersou e ativistas entraram em estabelecimentos próximos do local.
Bombas foram arremessadas em meio aos carros que passavam pela via. Para sair da confusão, motoristas voltavam de ré.
Os pedestres e motoristas que nada tinham a ver com o protesto ficaram presos em meio à névoa de gás lacrimogênio.
O estudante francês Thabald, 19, é um dos que ficou preso em um estabelecimento nos arredores.
"Em todo lugar é igual, em Paris a polícia também reprime manifestações", afirma o estudante. Ele, que está de férias no Brasil há um mês, diz, no entanto, que a polícia aqui tem mais liberdade para agir como quiser. "E tem mais enfrentamento."
Em Brasília, polícia detém manifestantes após tumulto
Em Brasília, há tumulto entre policiais e manifestantes na rodoviária do Plano Piloto —a PM usou gás de pimenta e deteve 3 pessoas, que foram levadas à delegacia da região.
Segundo a PM, no momento de maior pico o protesto chegou a 1000 manifestantes.
Ao chegarem à Rodoviária, por volta das 21h, os comerciantes do local fecharam as lojas. A maioria permanece fechada.
Houve tentativa de depredação a uma pastelaria, contida pela polícia.
Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra os policiais após a última detenção, mas foram orientados a ir para a delegacia para onde o jovem foi levado.
Nesse momento, o clima é calmo na região.
Sede do PMDB no RS foi depredada; partido soltou nota de repúdio
A Executiva Estadual do PMDB do Rio Grande do Sul emitiu uma nota de repúdio em que afirma que o diretório do partido, em Porto Alegre foi depredado por manifestantes na noite dessa quarta (31).
"O PMDB não aceita a intolerância e defende o diálogo e a manifestação pacífica", diz o pronunciamento.
Brasileiros protestam contra o impeachment em Buenos Aires
Um grupo de 80 brasileiros que vivem na Argentina protestou no fim da tarde desta quarta (31) contra o impeachment na frente da embaixada do país em Buenos Aires.
Eles seguiram em marcha por cerca de 1,5 quilômetro na avenida Nove de Julho, maior via da cidade, até o Obelisco, tradicional ponto de manifestações da capital argentina.
De domingo para segunda, parte deles acampou e permaneceu por 24 horas diante da embaixada brasileira em apoio a ex-presidente Dilma Rousseff.
Eles já articulam novos protestos para o dia 7 de setembro e para o início de outubro, caso se confirme a visita do presidente Michel Temer a Buenos Aires.
Também na Argentina, a Associação das Avós da Praça de Maio (que reúne mães de desaparecidos durante a ditadura) publicou nas redes sociais uma mensagem de incentivo à ex-presidente.
"Nosso abraço à Dilma e ao povo brasileiro", escreveram abaixo de uma foto em que aparece a líder da entidade, Estela de Carlotto, com Dilma.
As associações de direitos humanos do país apoiavam o governo de esquerda de Cristina Kirchner, de quem receberam ajuda política e financeira.
Protestos contra o impeachment causam confrontos em São Paulo
Atos contrários ao impeachment de Dilma Rousseff tornaram-se confrontos em São Paulo.
A Polícia Militar uso gás lacrimogênio e bombas de efeito moral para dispersar manifestantes na Rua da Consolação e em frente ao prédio da Folha.
Confrontos acontecem também nas avenidas São João e Duque da Caxias, na região central.
Artur Rodrigues/Folhapress Manifestação contra o impeachment na rua da ConsolaçãoCrédito: Artur Rodrigues/Folhapress Ato contra Temer reúne manifestantes na frente da Folha
Um grupo de manifestantes contrários ao impeachment reuniu-se na frente da sede da Folha, no centro de São Paulo.
A porta do jornal foi pichada com a palavra "golpista".
No ato, os manifestantes gritaram palavras de ordem e desfraldaram um bandeirão. "Fora Temer", pediam.
Minutos mais tarde, um novo grupo chegou e arremessou pedras contra o prédio. A Polícia Militar respondeu com bombas de efeito moral e gás lacrimogênio.
Em Brasília, acontece ato pacífico contra Temer
Em Brasília, um grupo de cerca de 500 pessoas, segundo a PM, faz uma caminhada no Eixo Monumental. Eles saíram do Congresso e seguem em direção à Rodoviária, ocupando três das seis faixas da via. O protesto contra o presidente Michel Temer é pacífico.
Manifestantes e PM entram em confronto em São Paulo
Manifestantes contrários ao impeachment de Dilma Rousseff entraram em confronto com a Polícia Militar, em São Paulo.
Na região central da cidade, na esquina da Rua Maria Antônia com a Rua da Consolação, a polícia joga bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral contra os manifestantes —alguns participantes do ato portam bombas caseiras e pedras, que arremessam contra a PM.
Nos atos pela redução da tarifa de ônibus em 2013, confrontos aconteceram no mesmo local.
Os manifestantes arrastam sacos de lixo para a via e ateiam fogo, formando pequenas barricadas.
Depois das bombas terem dispersado parte do protesto, parte da manifestação mudou de sentido e segue pela Rua Augusta, com destino à Praça Roosevelt.
Fabio Braga/Folhapress Policiais enfrentam os manifestantes na rua da Consolação