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Dilma diz que inventaram um crime de responsabilidade; acompanhe atos
Neste domingo (1º), no Dia do Trabalho, as principais centrais sindicais do país, contra e a favor do impeachment de Dilma Rousseff, vão às ruas para medir forças. A presidente, em seu discurso no ato organizado pela CUT, em São Paulo, afirmou que "inventaram um crime de responsabilidade" contra ela. A entidade estimou que 100 mil pessoas estiveram no ato no Vale do Anhangabaú.
Até então confirmado, o ex-presidente Lula cancelou sua participação no evento por estar sem voz. Ele ligou para Dilma e disse que recebeu recomendação médica para não comparecer. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o presidente do PT, Rui Falcão, discursaram durante o ato.
No ato da Força Sindical, em São Paulo, que reuniu artistas e políticos da oposição, o presidente da entidade e deputado federal pelo Solidariedade, Paulinho da Força, criticou o "pacote de bondades" que Dilma vai anunciar. Segundo ele, é um ato mais de desespero e vingança do que uma medida para beneficiar a população.
Em ao menos 14 Estados são realizados atos contra e a favor de Dilma.
acompanhe
Ato em Pernambuco tem chuva e gritos contra imprensa
RECIFE - Mesmo sob chuva, manifestantes pró-governo marcham na região central do Recife contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Participam do protesto do 1º de Maio movimentos sociais como a Frente Brasil Popular, o Levante Popular da Juventude e grupos feministas como a Articulação de Mulheres Brasileiras.
Os manifestantes empunham faixas com dizeres em apoio à Dilma e ao ex-presidente Lula, contra a imprensa e em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. O grupo saiu pela manhã da praça do Derby, região central da capital pernambucana, e segue até o Marco Zero.
Prefeitura oferece corte de cabelo para manifestantes pró-Dilma
GOIÂNIA - Servidores da Prefeitura de Goiânia cortam cabelo de manifestantes pró-Dilma em uma tenda montada na praça do Trabalhador, na região central da cidade.
Os serviços têm respaldo do prefeito da capital, o petista Paulo Garcia, que não compareceu ao evento.
Enquanto discursava, a secretária municipal da Assistência Social, Maristela Alencar, parabenizava a equipe da pasta pelo trabalho prestado aos manifestantes no local.
Palco onde Lula e Dilma discursarão tem detector de metal e segurança reforçada
SÃO PAULO - A segurança do evento organizado pela CUT, no centro da capital paulista, está reforçada. Para se aproximar do palco onde discursarão o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, é preciso passar por revistas e detectores de metal. Há dois pontos com detectores que dão acesso à área restrita ao movimento, em que os homens e as mulheres são separados para entrar. Cada um tem cerca de dez seguranças.
A organização do ato está barrando a passagem de pessoas por baixo da parte do viaduto do Chá que fica à esquerda do palco. A "imprensa sindical" tem acesso a uma área de imprensa VIP, localizada atrás do palco e debaixo do viaduto.
Deputada do PT aponta 'tempo assombroso' para o país
GOIÂNIA - Durante ato em defesa da presidente Dilma Roussef na manhã deste domingo, deputadas petistas citaram "tempos difíceis e assombrosos" no país. Segundo elas, a oposição tem se articulado à grande mídia para dificultar as políticas do governo petista.
A deputada estadual Isaura Lemos disse que a situação política do país coloca todos em estado de assombração. "Vivemos o risco de voltar aos tempos de dificuldades antes da Constituição de 1988."
Já Adriana Accorsi disse que "hoje está mais difícil ser parlamentar do Partido dos Trabalhadores, mas nunca foi fácil".
Ato a favor de Dilma em São Paulo reúne cem mil, segundo organizadores
SÃO PAULO - De acordo com a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o evento a favor da presidente Dilma Rousseff reúne cerca de cem mil pessoas no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista.
O discurso do ex-presidente Lula, previsto para começar às 13h, está atrasado. A fala de Dilma está prevista para as 14h.
Já subiu ao palco Guilherme Boulos, líder do MTST e colunista da Folha, que chamou o processo de de impeachment contra a presidente Dilma de "uma tentativa arquitetada pela casa grande de dar um golpe". Falou também que Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, deveria estar no presídio da Papuda, em Brasília.
"Este golpe que querem impor é impeachment sem crime de responsabilidade. Se querem derrubar a presidente, precisam derrubar 16 governadores, a começar pelo Geraldo Alckmin", disse.
"Se impuserem um presidente biônico, ele não governará", disse.
Boulos citou os protestos da última semana, que fecharam algumas estradas. "Vai virar rotina. Agora que o negócio vai começar de verdade, porque nós vamos pra cima", encerrou.
Renata Moura/Folhapress Ato reúne mil em Natal, diz organização; para a PM, são 200 Manifestantes se concentram em Santa Catarina
FLORIANÓPOLIS - Manifestantes pró-governo estão reunidos desde as 10h deste domingo (1º) no Largo da Alfândega, no centro histórico da capital catarinense, para "dizer não ao golpe". Até as 15h, quando está marcado o início do ato político, o grupo fará apresentações artísticas.
A manifestação é organizada pela FBP (Frente Brasil Popular) e pela FPSM (Frente Povo Sem Medo), com participação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e do PT. Os organizadores chamam o impeachment de "golpe", e dizem que "significa retrocesso histórico e retorno a um passado nefasto".
Acrescentam que um governo do PMDB traria "restrição de direitos trabalhistas, perda de conquistas sociais, ataque a benefícios previdenciários, comprometimento da soberania nacional e aumento do fosso de desigualdades entre pobres e ricos".
Tássia Kastner/Folhapress Jornais manchetando greve geral são vendidos em ato da CUT, em São Paulo, a R$ 1 Nobel da Paz pede união contra 'golpe brando'
PORTO ALEGRE - Depois de se encontrar com a presidente Dilma e de visitar o Senado, na última semana, o argentino Adolfo Esquivel, Nobel da Paz, participou da manifestação na capital gaúcha, fez críticas à imprensa e chamou o impeachment de "golpe". "É importante a união dos trabalhadores e do povo nesse momento frente aos golpes de Estado 'brandos'. Não queremos mais golpes de Estado. De qualquer tipo de golpe. Antes necessitavam dos exércitos. Agora, não. Bastam os veículos de comunicação de massa", disse Esquivel.
O arquiteto chamou de censura a reação ao seu pronunciamento durante a visita ao Senado. "Quando há censura, não há liberdade", disse. Esquivel afirmou que, na Internet, o vídeo de sua fala "deu a volta ao mundo".
O Nobel da Paz também criticou o vice-presidente, Michel Temer (PMDB). "O possível presidente Temer diz que um dos objetivos de seu governo é a privatização das empresas nacionais. Isso é uma perda de soberania e não devemos permitir", disse.
Defensores de Bolsonaro discutem com manifestantes no Pará
BELÉM - Manifestantes pró-impeachment usando camisetas com a inscrição "Bolsonaro presidente" foram até o local onde o ato contra o impeachment é realizado e houve um princípio de tumulto.
O grupo que defende Bolsonaro provocou os manifestantes com gritos de "vagabundos, pão com mortadela". Ouviram gritos como "fascistas não passarão".
A cidade tem neste domingo um ato a favor de Dilma na praça da República e outro contra, pedindo novas eleições, em São Brás.