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Dilma diz que inventaram um crime de responsabilidade; acompanhe atos
Neste domingo (1º), no Dia do Trabalho, as principais centrais sindicais do país, contra e a favor do impeachment de Dilma Rousseff, vão às ruas para medir forças. A presidente, em seu discurso no ato organizado pela CUT, em São Paulo, afirmou que "inventaram um crime de responsabilidade" contra ela. A entidade estimou que 100 mil pessoas estiveram no ato no Vale do Anhangabaú.
Até então confirmado, o ex-presidente Lula cancelou sua participação no evento por estar sem voz. Ele ligou para Dilma e disse que recebeu recomendação médica para não comparecer. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o presidente do PT, Rui Falcão, discursaram durante o ato.
No ato da Força Sindical, em São Paulo, que reuniu artistas e políticos da oposição, o presidente da entidade e deputado federal pelo Solidariedade, Paulinho da Força, criticou o "pacote de bondades" que Dilma vai anunciar. Segundo ele, é um ato mais de desespero e vingança do que uma medida para beneficiar a população.
Em ao menos 14 Estados são realizados atos contra e a favor de Dilma.
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Repentistas embalam críticas a Temer e a tucanos em João Pessoa
JOÃO PESSOA - Antes da saída para o Busto de Tamandaré, na orla marítima da capital paraibana, repentistas animam manifestantes na praça das Muriçocas, no bairro de Miramar.
Eles fazem críticas ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), ao senador tucano paraibano Cássio Cunha Lima e também a deputados paraibanos que votaram a favor do impeachment no dia 17 de abril.
Os ativistas estão vestidos de vermelho e portando bandeiras do Brasil, da CUT, Frente Brasil Popular e de entidades como MST e CUT e partidos de esquerda.
Simpatizantes de Dilma em Florianópolis espalham ratoeiras contra corruptos
FLORIANÓPOLIS - Manifestantes espalham ratoeiras no centro da capital catarinense em protesto contra "políticos corruptos que articulam o golpe para assumir o poder". O grupo chama intervenção de "operação rabo preso".
O ato na capital catarinense "em favor da democracia" e "contra o golpe" começou por volta das 15h20. O grupo está reunido no Largo da Alfândega, no centro histórico da cidade. É o mesmo local onde, no dia 17 de abril, simpatizantes do governo acompanharam a votação do pedido de impeachment da presidente Dilma na Câmara. Naquele dia, ato reuniu 2.000 pessoas, segundo os organizadores, e 800 pessoas, segundo a Polícia Militar.
Neste domingo (1º), maioria dos manifestantes veste roupas vermelhas. Muitos desfilam com bandeiras com o nome da presidente Dilma escrito dentro de corações e há cartazes atacando o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). "Temer, golpista", diz um. "Cunha, vergonha nacional", diz outro. Também há cartazes e faixas com ataques à imprensa de modo geral e, em destaque, à Rede Globo.
Jeferson Bertolini/Folhapress Manifestantes espalham ratoeiras no centro de Florianópolis em protesto contra o impeachment Grupo cruza ato pró-PT e xinga Dilma em Curitiba
CURITIBA - Um grupo de adolescentes e jovens gritou palavrões contra Dilma Roussef ao passar no meio da concentração de pessoas em ato de 1º de maio em apoio à presidente.
Era cerca de 15 jovens que gritaram "ei, Dilma, vai tomar do c*". Durou cerca de 30 segundos a passagem e não houve registro de confusão.
O protesto em favor do PT, organizado pela CUT Paraná, acontece na praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba. Os demais participantes do ato ficaram em silêncio durante a passagem do grupo de adolescentes. Ao fim, uma mulher gritou em resposta: "Não vai ter golpe!"
Evento da Força Sindical não tem tom político contra a presidente no RS
PORTO ALEGRE - A poucos metros do ato da CUT (pró-PT), o evento do Dia do Trabalho organizado pela Força Sindical (a favor da saída de Dilma) não tem tom político contra a presidente. "Participamos de todos atos a favor do impeachment. Mas hoje e pauta é a geração e de emprego. São 10 milhões de desempregados no país. Lutamos pela reativação da indústria, desde a pequena até a grande", disse o presidente estadual da entidade, Cláudio Janta, também é vereador de Porto Alegre pelo partido Solidariedade.
A reportagem não viu nenhum cartaz ou adesivo com dizeres pró-impeachment ou relacionado a partidos.
A Força Sindical realizou a Procissão de Nossa Senhora do Trabalho com bênção das carteiras de trabalho. No Parque Farroupilha, haverá shows de samba, funk e tributo aos Beatles.
Deputados e sindicalistas alternam pronunciamentos 'contra golpe' com rap e samba
PORTO ALEGRE - O ato de CUT, CTB e Frente Brasil Popular é uma espécie de "showmício", que atrai parte do público que circula no tradicional Brique da Redenção, feira de artesanato e antiguidades que ocorre todos os domingos no parque Farroupilha.
Deputados estaduais, deputados federais, líderes dos sindicatos e movimentos sociais alternam seus discursos com apresentações musicais que variam do rap ao samba.
Os deputados federais petistas que representam o RS e que votaram contra o impeachment Henrique Fontana, Maria do Rosário, Elvino Bohn Gass e Paulo Pimenta participam do ato.
A deputada estadual Manuela D'Ávila (PC do B) discursou em defesa dos direitos dos trabalhadores e criticou o vice-presidente Michel Temer (PMDB). "O governo que o Temer quer construir é o que oprime os que pensam diferente", disse Manuela em cima do carro de som.
O presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, também criticou o vice de Dilma. "Essa articulação de PSDB, Fiesp e Temer tem como objetivo flexibilizar os direitos trabalhistas, favorecer a terceirização e permitir que o negociado [entre empregado e contratante] prevaleça sobre a lei."
"Somos contra o impeachment. Não existem fatos concretos contra DIlma, não há crime de responsabilidade. O objetivo é político, para ter poder a qualquer preço", concluiu Vidor. O sindicalista promete mais mobilizações e paralisações no próximo dia 10.
'Golpe' está na contramão do desenvolvimento', diz petista de SC
FLORIANÓPOLIS - Com bandeiras em apoio à presidente Dilma e ao PT, manifestantes se reúnem no Largo da Alfândega, no centro histórico da capital catarinense, para protesto "em favor da democracia" e "contra o golpe".
O ato é organizado por FBP (Frente Brasil Popular) e FPSM (Frente Povo Sem Medo). No local há muitas bandeiras da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e do PT.
O presidente do partido em Florianópolis, Carlos Eduardo de Souza, chama de "nefasta" a "tentativa de golpe" em curso.
"Precisamos defender nosso país dessa tentativa de golpe nefasta, que se coloca na contramão do desenvolvimento nacional."
A oposição precisa passar pelo 'crivo do povo brasileiro', diz Dilma
SÃO PAULO - A presidente disse, em seu discurso, que a oposição precisa passar pelo "crivo do povo brasileiro".
"Meu mandato foi dado por 54 milhões de pessoas que acreditaram em um projeto para o Brasil", disse Dilma, acrescentando que os opositores devem colocar o seu projeto sob o "crivo do povo brasileiro"
"Mas, da forma como eles querem chegar ao poder, sem voto, em uma eleição indireta sob o disfarce de impeachment, não, não passarão", encerrou a petista.
Após ato, manifestantes vão para acampamento do MST
NATAL - Manifestação na capital termina com marcha de participantes da Via Costeira até um acampamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), instalado em frente ao Incra.
De acordo com organizadores, 5.000 pessoas participaram da manifestação. A Polícia Militar, por sua vez, estimou o público entre 1.500 e 2.000.
'Eu quero dizer pra vocês que eu vou resistir', diz Dilma
SÃO PAULO - Durante sua fala, a presidente diz vai "resistir". "Eu quero dizer pra vocês que eu vou resistir e vou lutar até o fim", disse. Os manifestantes gritaram, em reposta, "Dilma, guerreira do povo brasileiro".
"Lutei como vocês a minha vida inteira. Quero dizer que a luta agora é uma luta muito mais ampla", anunciou.
Ela também reiterou o anúncio do Plano Safra da Agricultura Familiar, programa de fomento cuja antecipação foi anunciada pelo governo na semana passada. São recursos para programa de aquisição de alimentos e assistência técnica para o produtor.
"Estamos propondo a ampliação da licença-paternidade para 25 dias para funcionários públicos. Estamos incentivando os homens a ajudar as mulheres", falou.
Em BH, manifestantes pró-Dilma se reúnem na praça da Liberdade
BELO HORIZONTE - Manifestantes protestam contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff também na capital mineira, neste 1º de Maio. Formado por sindicalistas e membros de movimentos sociais, o grupo saiu pela manhã da praça Afonso Arinos, na região central da cidade, e caminhou até a praça da Liberdade, local onde ocorrem protestos tradicionalmente. Os manifestantes chamam o processo de impeachment de "golpe". A Polícia Militar informou que não vai fazer estimativa de público.