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Comissão do Senado ouve autores do pedido de impeachment de Dilma
Nesta quinta-feira (28), a comissão de impeachment do Senado ouve os autores da denúncia contra a presidente Dilma Rousseff. Dos três autores da peça, os advogados Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior participam da sessão, enquanto o ex-fundador do PT Hélio Bicudo já anunciou a ausência.
Os convidados terão todos duas horas para se apresentar e a divisão do tempo de cada um será definida pelo próprio grupo.
Nesta sexta (29) é a vez da defesa de Dilma se apresentar. Além do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, falarão os ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e Kátia Abreu (Agricultura).
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"O gol aqui é mais lento de quando você era atacante do Flamengo", diz Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão, ao senador Romário (PSB-RJ), que é o décimo oitavo a falar.
O senador José Medeiros (PSD-MT) diz que ficou claro na comissão que os argumentos do governistas foram "desmontados".
"A história do golpe caiu por terra. O golpe foi desmascarado, o golpe do governo", disse.
Para a advogada Janaína Paschoal, as fraudes do governo foram feitas visando as eleições.
"O fato de uma lei reconhecer a transformação de uma baita de uma poupança em um buraco não apaga o crime", afirma a advogada Janaína Paschoal.
A advogada Janaína Paschoal diz que em 2014 –ano eleitoral– a presidente Dilma precisou criar uma "ficção de que tinha dinheiro".
"Quando apresentamos a denúncia, juntamos parecer dizendo que não pode uma República conviver com o fato da presidente cometer fraude no ano eleitoral para garantir uma eleição, e isso ser algo impune", afirma.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) diz que a presidente Dilma desrespeitou o Congresso Nacional porque não pediu autorização do Poder Legislativo para os decretos.
A advogada Janaína Paschoal explica sobre parecer que escreveu para o PSDB. Ela recebeu R$ 45 mil pelo trabalho e conta que cobrou porque não é do partido.
A advogada Janaína Paschoal afirma que fica na comissão até a hora que for necessária para esclarecer as dúvidas dos senadores.
"Temo que acabe a Lava Jato se fizerem o golpe que querem fazer", diz a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirma que a advogada Janaína Paschoal não entrou no objeto único estabelecido pelo STF e Câmara dos Deputados na denúncia.
"Ela fez de tudo, menos ler o dispositivo, que ela mesmo diz que é o que vale", diz. "Lamento muito que a senhora não tenha ocupado melhor essa uma hora e contribuiu muito pouco."