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    2024-04-25 13:25

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    Acompanhe em tempo real a cobertura da crise política no governo Dilma

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse nesta quinta-feira (17) do cargo de ministro da Casa Civil, horas após o juiz federal Sergio Moro liberar no inquérito da Operação Lava Jato um grampo telefônico que sugere uma ação da presidente Dilma Rousseff para evitar uma eventual prisão do petista.

    Uma decisão da Justiça Federal de Brasília determinou, porém, a suspensão do ato de nomeação. Na decisão, o juiz Itagiba Catta Preta Neto afirma que há indícios de cometimento do crime de responsabilidade. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, já informou que o governo federal irá recorrer.

    A divulgação dessa gravação e a entrada de Lula no governo motivam protestos pelo país desde a noite de quarta. Em São Paulo, a avenida Paulista amanheceu bloqueada por manifestantes.

    Acompanhe em tempo real os desdobramentos da crise política do governo Dilma. A Folha fez um resumo dos acontecimentos desta quinta.

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    Caros leitores, chega ao fim por hoje o live blogging sobre a crise política do governo Dilma. A cobertura ao vivo pode voltar a qualquer momento; continue acompanhando pelo site folha.com/poder. Até breve!

    CURITIBA - Público começa a dispersar em frente ao prédio da Justiça Federal. Dez mil pessoas passaram pelo ato ao longo do dia, segundo estimativa da PM do Paraná. O protesto contra a presidente Dilma e o ex-presidente Lula começou por volta das 13h30 e segue até o momento, às 22h30. Há cerca de uma hora, parte do público que estava na Praça 19 de Dezembro, na região central, que reuniu cerca de 2.000 pessoas, deslocou-se para o bairro Ahú, para engrossar o protesto em frente ao prédio da Justiça Federal, onde trabalha o juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em primeira instância. Um dos organizadores de um dos carros de som disse que encerraria as falas para não incomodar a vizinhança.

    Protesto em Curitiba em 17/03 pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e em apoio ao juiz Sergio Moro, que conduz a operação Lava Jato

    Crédito: Juliana Coissi/Folhapress
    O pipoqueiro e motorista de caminhão Ubiratan Cordeiro, 52, escreveu mensagens contra o PT e a presidente Dilma no seu carrinho de pipoca, em ato na frente da Justiça Federal em Curitiba. "Vim trabalhar e protestar também. Esse governo roubou muito".

    Protesto em Curitiba em 17/03 pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e em apoio ao juiz Sergio Moro, que conduz a operação Lava Jato

    Crédito: Juliana Coissi/Folhapress
    O eletricista Anderson Silva, 32, em Curitiba: "Acredito que está na hora da população tomar uma decisão ou aceitar um país comunista, que não funcionou em lugar nenhum do mundo."

    PORTO ALEGRE - Manifestantes, agora em número reduzido, deslocam-se para a avenida Padre Chagas, onde ficam os bares mais caros e badalados da capital do Rio Grande do Sul. Eles vão convidar as pessoas que estão comemorando o Dia de São Patrício, padroeiro da Irlanda. A Brigada Militar, a PM gaúcha, diz que o protesto reúne mil pessoas.

    BELO HORIZONTE - Por volta das 20h30, os manifestantes anti-Dilma se concentraram na praça da Savassi. Eles soltaram fogos, cantaram o Hino Nacional e se dispersaram. Parte deles foi para a praça Sete, no Centro. A PM estimou que havia entre 3.000 e 4.000 pessoas.

    PELO PAÍS - Ao menos 21 capitais registraram protestos contra a presidente Dilma Rousseff nesta quinta (17), em todas as regiões do país: Maceió, Boa Vista, Rio Branco, São Luís, Belém, João Pessoa, Campo Grande, Recife, Belo Horizonte, Vitória, Florianópolis, Brasília, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Rio, Cuiabá, Fortaleza, Porto Velho e Macapá.

    Grupos de juízes se reuniram em Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Porto Velho e Macapá para manifestar apoio ao juiz federal Sergio Moro, que conduz a operação Lava Jato.

    Em pelo menos quatro cidades, Brasília, Rio Branco, Porto Alegre e Fortaleza, manifestantes se reuniram para defender Dilma e o PT.

    BRASÍLIA - Os organizadores chamam novo protesto para esta sexta (18) às 17h no gramado do Congresso, mas ressalvam que não virão se a manifestação pró PT ainda estiver na área, já que a dos manifestantes pró-governo acontece mais cedo.

    CURITIBA - Em um dos poucos momentos de crítica à oposição, coordenadores do ato pelo impeachment de Dilma gritaram frases contra o senador tucano Aécio Neves, como "Aécio bunda mole!", acompanhados pelo público. No ato de domingo (13), manifestantes também criticaram a oposição, julgando-a paralisada diante do PT – mas não citaram nomes. Em nenhum dos dois protestos contra a corrupção foi citado o nome do governador Beto Richa (PSDB), que é alvo de inquérito no STJ (Superior Tribunal de Justiça) na Operação Publicano, que apura casos de corrupção dentro da Receita Estadual do Paraná.

    A "tabela do impeachment", lista de deputados e senadores contra e a favor da saída de Dilma, também é citada por manifestantes. Os senadores Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB) foram bastante vaiados, entre os citados contra o impeachment. Na lista a favor, ganharam aplausos o senador Álvaro Dias (PV) e o deputado Fernando Francischini (Solidariedade), ex-secretário de Segurança Pública do Paraná, que deixou o cargo depois que 200 pessoas se feriram em protesto contra o governo estadual em abril do ano passado.

    PORTO ALEGRE- "Pula sai do chão, é Lula na prisão" e "Lula cachaceiro, devolve meu dinheiro" são cânticos entoados pelos manifestantes da avenida Goethe. Algumas barracas estão sendo montadas no Parcão (Parque Moinhos de Vento) e os manifestantes prometem sair apenas quando Dilma deixar o governo. Brigada Militar não divulgou nova estimativa do número de participantes. O dado será liberado apenas no final do protesto.

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    Folha de S.Paulo 2024