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Acompanhe em tempo real a cobertura da crise política no governo Dilma
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse nesta quinta-feira (17) do cargo de ministro da Casa Civil, horas após o juiz federal Sergio Moro liberar no inquérito da Operação Lava Jato um grampo telefônico que sugere uma ação da presidente Dilma Rousseff para evitar uma eventual prisão do petista.
Uma decisão da Justiça Federal de Brasília determinou, porém, a suspensão do ato de nomeação. Na decisão, o juiz Itagiba Catta Preta Neto afirma que há indícios de cometimento do crime de responsabilidade. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, já informou que o governo federal irá recorrer.
A divulgação dessa gravação e a entrada de Lula no governo motivam protestos pelo país desde a noite de quarta. Em São Paulo, a avenida Paulista amanheceu bloqueada por manifestantes.
Acompanhe em tempo real os desdobramentos da crise política do governo Dilma. A Folha fez um resumo dos acontecimentos desta quinta.
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BRASÍLIA - Iniciada às 17h, a manifestação segue pacífica, e a estimativa de público é de 8.000 pessoas, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública). A Via S1, na altura da Catedral, encontra-se interditada. A PM está com efetivo de 1.200 policiais, o Corpo de Bombeiros com 207 militares e o Detran com 50 agentes.
CURITIBA - Na capital paranaense, cerca de 4.000 pessoas participam de três atos diferentes contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. O maior deles reúne 2.000 pessoas neste momento, às 20h, segundo a PM, e ocorre em frente à sede da Justiça Federal, onde fica o gabinete o juiz Sergio Moro. Nos outros dois pontos de protesto, ambos na região central, havia previsão de que se deslocassem até a Justiça Federal e se somar ao ato de maior porte, mas a PM ainda não confirmou se haverá mesmo a passeata.
PORTO ALEGRE - Já são 3.000 manifestantes, segundo a polícia militar, reunidos na avenida Goethe, ao lado do Parcão (Parque Moinhos de Vento). Os manifestantes cantam músicas da "Banda Loka Liberal", conjunto que anima os protestos pelo impeachment. Uma das músicas diz "Chora petista, bolivariano/a roubalheira do PT tá acabando/tua conduta é imoral/fere os princípios da CF [Constituição Federal] nacional".
CAMPO GRANDE - Na capital de Mato Grosso do Sul, manifestantes a favor do impeachment protestam em frente ao Ministério Público Federal, na avenida Afonso Pena, na noite desta quinta. Um grupo chegou a ir ao protesto a cavalo.
São pelo menos 15 o número de capitais que registraram protestos nesta quinta (17) contra Dilma ou a favor do juiz Sergio Moro, responsável pela operação Lava Jato: em Campo Grande, Recife, Belo Horizonte, Vitória, Florianópolis, Brasília, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Rio, Cuiabá, Fortaleza, Porto Velho e Macapá.
Em Brasília, Fortaleza e Porto Alegre também ocorreram atos a favor do governo.
O juiz Sergio Moro chega para palestra em seminário sobre lavagem de dinheiro da Unafisco (União Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), em Curitiba.
Foto: Graciliano Rocha/Folhapress
RIO DE JANEIRO - Cerca de 100 manifestantes caminham, na noite desta quinta (17), do centro do Rio até Copacabana, na zona sul, pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O percurso tem cerca de 10 quilômetros.
A maior parte dos manifestantes é do movimento Vem Pra Rua. Eles carregam uma bandeira gigante verde e amarela com a palavra "impeachment" escrita em preto.
No trajeto do centro até a zona sul, o grupo ocupou duas faixas de uma das pistas da Praia do Flamengo. Carros buzinavam ao passar pelo grupo. Alguns moradores de prédios no entorno batiam panelas, outros apenas assistiam ao ato pela janela.
Em Copacabana, o grupo se encontrará com outros manifestantes que também pedem o impeachment. A concentração está marcada para as 20h.
O grupo decidiu partir da Cinelândia, no centro, porque quis marcar presença no bairro onde a maior parte das manifestações da cidade acontecem.
No local havia um outro grupo, este com pauta mais radical, pedindo uma intervenção militar. Os dois grupos não se misturaram, no entanto –os pró-militares, menos numerosos, foram para a frente da Assembleia Legislativa do Rio acompanhados de um carro de som.
Ao longo do protesto, pessoas que demonstravam rejeição ao ato foram hostilizadas, com xingamentos e gritos de "fora, petista".
O governo entrou na noite desta quinta-feira (17) com um pedido para que o STF (Supremo Tribunal Federal) suspenda a tramitação em todo o país de ações na Justiça que tentam impedir que o ex-presidente Lula assuma um cargo no governo Dilma Rousseff até que o tribunal defina a situação do petista.
Manifestantes contra o governo da presidente Dilma acendem velas em frente ao Palácio do Planalto.
Foto: Diego Padgurschi/Folhapress
BRASÍLIA - Um grupo de cerca de 30 motoqueiros tentou invadir o Palácio do Planalto no início da noite. Eles tentaram entrar pela rampa do estacionamento lateral, por onde sai o carro da presidente, mas a Polícia Militar os dispersou com bombas de gás lacrimogêneo
SÃO PAULO - Líder do movimento Revoltados On-line diz no palco da Fiesp que na sexta (18) irá levar o protesto para o Largo da Batata, zona oeste de São Paulo, e que no sábado volta para a avenida Paulista.