Acompanhe a cobertura do evento que comemora os 95 anos da Folha com a presença de renomados profissionais da imprensa em oito debates
A Folha celebra seus 95 anos com um ciclo de debates sobre os desafios do jornalismo no século 21 e a crise política e econômica brasileira.
O Encontro Folha de Jornalismo é realizado no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo nesta quinta-feira (18) e sexta-feira (19).
Oito mesas, quatro a cada dia, reúnem alguns dos principais profissionais da imprensa brasileira e internacional. Confira a programação completa.
A cobertura ao vivo do Encontro Folha de Jornalismo fica por aqui. Boa tarde e obrigado pela audiência.
"O jornal agradece à plateia, que enriqueceu o debate com perguntas pertinentes, aos nossos oito mediadores, que conduziram as conversas, à nossa mestre de cerimônias, Patrícia Campos Mello e, principalmente, aos nossos 23 debatedores. Sem hipocrisia e graciosamente, eles mostraram coragem e independência ao aceitar nosso convite para debater o futuro do jornalismo. Agradeço a todos e esperamos vê-los em cinco anos, no centenário do jornal", disse Dávila, encerrando o Encontro Folha de Jornalismo.
As frases mais marcantes das oito mesas de debate selecionada pelo editor-executivo da Folha:
"Não se faz revolução com a cultura do passado"
Leão Serva
"O único jornalismo [pelo governismo] aceito não é jornalismo, é relações públicas"
Eugenio Martinez
"[A lei do direito de resposta] só reforça aquilo que deve ser o principal. A gente tem que apurar o que é verdade e questionar a si mesmo e o seu trabalho. Isso é o que nos leva para frente"
Tânia Alves
"Crônica é tudo aquilo que a gente disser que é crônica"
Luis Fernando Verissimo
Nunca poderíamos imaginar que teríamos um secretário do Tesouro doido"
Samuel Pessôa
"Ao buscar um médico, ninguém pede um médico cidadão"
Mayte Carrasco
"A Lava Jato não é um tsunami, mas é um novo planeta
Mario Cesar Carvalho
"Conspiração é só a partir de um certo nível"
Josias de Souza
"Nem todo petista é um petralha, mas todo petralha é um petista"
"Tucano é um petista limpinho"
Reinaldo Azevedo
"Não sei quais jornais o Reinaldo anda lendo"
Ricardo Melo
"Isso aqui [mostrando o jornal] é minha pinga e meu cigarro todo dia"
José Francisco da Silva, que provocou risos na plateia ao se levantar e, na boca do palco, elogiar o trabalho de Josias de Souza
Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha, encerra o Encontro Folha de Jornalismo, que comemora os 95 anos do jornal, citando frases marcantes que foram ditas nas oito mesas de debates.
Reinaldo Azevedo diz achar que Dilma cometeu crime de responsabilidade. "Eu reconheço que hoje as condições para ele deixar o poder são mais fracas do que já foram, mas não vejo ela encerrando o mandato com tudo que vem pela frente". "A gente ainda nem conhece as faxes da crise."
Ricardo Melo diz acreditar que não haverá impeachment porque até agora não foi identificado nenhum crime de responsabilidade da presidente e porque não existe base política suficiente para levar adiante o processo político. "Agora, acho que vai ser um governo enfraquecido até o final por conta de todo esse embate político. Vai se manter ao custo de muito sacrifício."
Josias de Souza diz que ele se esvaziou como processo político por ter se amparado na figura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara. Mas que há uma possibilidade ainda via Justiça Eleitoral, que ainda é uma incógnita.
Encerrando a mesa, cada jornalista deu sua visão sobre o impeachment da presidente Dilma.
"Me chamar de tucano é ofensivo a mim e aos tucanos. Aos tucanos porque querem colar neles a pecha de direita que eu sei que eu tenho. A mim porque eu estou muito à direita dos tucanos", diz Reinaldo Azevedo.
Josias de Souza responde a Melo e diz que as consequências das reportagens não são controladas pela imprensa.