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Comissão do Senado sabatina Rodrigo Janot

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é sabatinado nesta quarta-feira (26) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado para ser reconduzido ao cargo.

Janot afirmou que a multa imposta ao delator na Lava Jato Julio Camargo foi elevada porque ele omitiu fatos na sua delação premiada, mas que não houve consequências mais graves porque "ele estava realmente em estado de ameaça"."Ele não falou porque tinha receio de sua própria vida", disse. O delator foi multado em R$ 40 milhões.

Camargo acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ter recebido US$ 5 milhões de propina do esquema de corrupção da Petrobras. Inicialmente em sua delação, porém, ele havia omitido essa acusação. ele em troca de apoio político à presidente.

Em sua fala inicial, ele fez referências à investigação da Lava Jato e admitiu que a operação "inevitavelmente tem reflexos sobre pessoas físicas e jurídicas", mas ponderou que a atuação do Ministério Público no caso tem sido "responsável" e "sem desviar-se da legalidade".

Janot ainda defendeu a delação premiada e afirmou que, no caso da Lava Jato, 79% delas foram assinadas com investigados que ainda estavam soltos.

Se for aprovada na comissão, a indicação de Janot segue para análise do plenário ainda nesta quarta. Ele precisa ser aprovado por 41 dos 81 senadores para ser reconduzido.

Senadores avaliam que ele será reconduzido ao cargo.

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  • 09h47  

    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou ao Senado por volta das 9h30. Ele se dirigiu, com assessores, a uma sala privativa da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) reservada a parlamentares e autoridades, onde vai aguardar ser chamado para a sabatina.

    Pouco depois, às 9h40, o senador Fernando Collor (PTB-AL), alvo de denúncia movida por Janot no Supremo Tribunal Federal, sentou-se na primeira fila da CCJ, em frente ao local onde Janot sentará.

  • 09h53  

    Collor, que é investigado na Operação Lava Jato e que vem fazendo fortes críticas a Janot nas últimas semanas, deve alegar que o procurador não está preparado para o cargo, lembrar que sua gestão é alvo de análise de órgãos como o TCU (Tribunal de Contas da União) –foi o próprio Collor quem pediu a investigação de dois contratos da Procuradoria–, e mencionar que uma casa do procurador teria supostamente sido alugada por um estelionatário.

    Embora outros 12 senadores sejam investigados na Operação Lava Jato, não há indicações de que nenhum deles vá se deixar levar por Collor na quarta. Mesmo o investigado presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não tem se movimentado para impedir a recondução do procurador.

    Diferentemente do que ocorreu na sabatina de Fachin, o Planalto não tem munido governistas nem orientado que se arquitete blindagens ao sabatinado. Líderes petistas e outros aliados acreditam que pode haver "traições" de última hora e que a votação pode até ser apertada –são necessários 14 votos na CCJ e 41 no plenário– mas ninguém vê um cenário de rejeição a Janot.

  • 09h57  

    Um assessor da PGR sai da sala e comenta, em tom de brincadeira: "Nem café serviram ainda".

  • 10h06  

    Janot chega à CCJ. Começa a sessão.

  • 10h07  

    Janot é chamado para a mesa da CCJ e começa o discurso inicial de dez minutos.

  • 10h15  

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    Rodrigo Janot, na chegada à CCJ | Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

  • 10h16  

    Janot diz que a sua candidatura à recondução ao cargo de PGR não é movida pelo ego.

    "Digo a vossas excelências com sinceridade que esse desejo não se presta à satisfação do ego e nem à sofreguidão do poder. Não é isso que me move. [...] Venho aqui com a firme vontade de continuar a servir à minha nação no Ministério Público, que promotores e procuradores desempenhamos nos vastos rincões desse país".

  • 10h23  

    Adversário de Janot, o senador Fernando Collor (PTB-AL) já faz uma intervenção logo após a fala de Janot. Ele pergunta ao presidente da CCJ, senador José Maranhão (PMDB-PB), qual sua posição na ordem dos inscritos para falar.

    Maranhão informa que ele será o quarto senador a falar.

    Collor manobrou para poder participar da sabatina.

  • 10h24  

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    O senador Fernando Collor (PTB-AL) chegou cedo à comissão para sentar logo na primeira fila, à frente de Janot. | Crédito: Pedro Ladeira/Folhapress

  • 10h25  

    Janot, em sua fala inicial, fez referências à investigação da Operação Lava Jato e admitiu que "inevitavelmente tem reflexos sobre pessoas físicas e jurídicas", mas pondera que a atuação do Ministério Público no caso tem sido "responsável" e "sem desviar-se da legalidade".

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