Obrigado por acompanhar pela Folha a sessão do Conselho de Ética desta quarta (1º). A cobertura será retomada na terça-feira (8).
Leia análise de Igor Gielow sobre decisão da bancada petista no Conselho de Ética de votar contra Cunha: PT pensa em si, mesmo expondo Dilma ao impeachment.
O presidente da da Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PSD-BA), decidiu encerrar a sessão parlamentar desta quarta-feira (2) menos de meia hora depois de sua abertura.
Ele anunciou a convocação de uma nova reunião na próxima terça-feira (8), quando deve ser votado o prosseguimento do processo de cassação de mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A decisão se baseou na impossibilidade do Conselho de Ética deliberar enquanto estiver em andamento sessão conjunta do Congresso Nacional, que teve início por volta das 13h.
Os deputados federais chegaram a discutir a possibilidade de convocar uma sessão parlamentar nesta quinta-feira (3), mas José Carlos Araújo ponderou que não haveria quórum para realizar a reunião.
A entrada dos deputados federais para a sessão parlamentar do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados foi novamente de corre-corre entre os parlamentares suplentes. Com a abertura das portas do plenário, os deputados federais Eliziane Gama (Rede-MA) e Bebeto Galvão (PSB-BA), que fazem parte do mesmo bloco parlamentar, correram em direção ao ponto eletrônico para registrar presença. Gama foi mais rápida que Bebeto, o que lhe garante a prerrogativa de substituir o deputado federal Julio Delgado (PSB-MG), que está em viagem ao exterior, em uma possível votação pelo prosseguimento do processo de cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A bancada do PT no Conselho de Ética decidiu fechar questão e vai votar pela continuidade do processo de cassação contra Eduardo Cunha.
O comando do PT poderá incluir a situação de Eduardo Cunha na pauta da reunião da cúpula partidária, que acontecerá nesta sexta-feira (4).
A direção do partido foi convocada para discutir a expulsão do senador Delcídio do Amaral, preso no dia 25 sob acusação de tentar obstruir as investigações da operação Lava-jato. Mas o presidente do PT, Rui Falcão, vai incluir o debate sobre Eduardo Cunha caso o Conselho de Ética da Câmara adie a votação sobre abertura de processo contra o presidente da Casa.
A sessão do Conselho de Ética que analisa se dá continuidade ou não a um processo que pode culminar na cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve continuar nesta quarta-feira (2).
A previsão é que a reunião comece às 14h30.
Nesta terça (1), a decisão sobre o trâmite do processo acabou adiada após seis horas de discussão. Com isso, Cunha conseguiu protelar novamente o desfecho do caso. Até o fim da sessão, sete deputados anunciaram que votariam pelo andamento do processo e um, contra.
A sessão terminou sem que os três deputados do PT se posicionassem formalmente. Durante o dia, no entanto, a declaração mais incisiva sobre a pressão a que estavam submetidos veio do deputado José Geraldo (PT-PA): "Estamos votando não com a faca, mas com a metralhadora no pescoço. E a metralhadora está na mão do Cunha", disse o petista.
A pressão do Planalto para salvar Cunha de cassação divide o PT.
Obrigado por acompanhar pela Folha a sessão do Conselho de Ética desta terça (1º). A cobertura será retomada nesta quarta (2).
Sob pressão do Palácio do Planalto, o deputado federal Valmir Prascidelli (PT-SP) preferiu não se posicionar sobre a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na sessão desta terça-feira (1) do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Com o início da sessão do Congresso Nacional, o presidente da comissão, José Carlos Araújo (PSD-BA), decidiu adiar a sessão do Conselho de Ética para a quarta-feira (2), a partir das 14h30.
Último a falar, e recomendando "cautela" ao relator Fausto Pinato (PRB-SP), o deputado federal Sérgio Moraes (PTB-RS) disse ser favorável à saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados, mas ressaltou que não há provas suficientes para que ele perca o mandato.
Segundo ele, o peemedebista é um "ditador", mas não se pode "colocar o pé no pescoço" por um denúncia do Ministério Público. "Temos de ter cautela. É precipitado e precisamos ir devagar", disse.
Afirmou, ainda, que o relator não deve ir pelo "barulho" e pela "luminosidade" da mídia. "Eu já errei indo em direção ao barulho da mídia", disse.
Em 2008, o deputado federal disse que "se lixava para a opinião pública" sobre o processo de cassação de Edmar Moreira (PR-MG), acusado de usar verba indenizatória com suas empresas de segurança. Pela declaração, ele chegou a ser afastado da relatoria do caso no Conselho de Ética.