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Tesoureiro do PT presta depoimento à CPI da Petrobras

João Vaccari Neto afirmou nesta quinta-feira (9), em depoimento à CPI da Petrobras, que ainda tem apoio interno para continuar tesoureiro do PT e negou as acusações de corrupção. Ele ainda confirmou conhecer Alberto Youssef, delator no processo da Lava Jato, mas sem manter com o doleiro uma relação próxima.

Vaccari disse que as delações premiadas que o acusam de envolvimento com o esquema na Petrobras não são verdadeiras. Negou ter tratado de doações ao partido com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e com o ex-gerente Pedro Barusco.

Ele também negou que tenha tratado com o delator na Operação Lava Jato Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, sobre assuntos financeiros do PT, e admitiu encontros com representantes de empresas para pedir doações ao partido, mas afirmou que se tratavam de visitas institucionais.

"É usual que o secretário de finanças do Partido dos Trabalhadores faça visitas institucionais à empresa na busca de recursos", declarou.

O depoimento começou em meio a um tumulto por conta de uma caixa de ratos solta logo após a entrada do petista.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou a exoneração do servidor Márcio Martins de Oliveira, identificado como o autor do ato. Ele está lotado no gabinete da segunda vice-presidência, controlada pelo deputado Giacobo (PR-PR).

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  • 13h24  

    O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), provocou novo tumulto na CPI ao afirmar para Vaccari que ele "tem tudo para ser preso e o PT ser extinto". Depois da fala, Sampaio levantou-se e foi embora.

    Os deputados petistas reagiram ao gritos. Alguns chamaram o tucano de rato, em referência ao tumulto que marcou o início da sessão.

  • 13h25  

  • 13h28  

    Questionado se já foi condenado, Vaccari negou. "Coincidentemente, as denúncias são todas após eu me tornar tesoureiro do PT. Nunca fui condenado", disse.

  • 13h30  

    A presidente da República, Dilma Rousseff, disse nesta quinta que a Petrobras "já deu a volta por cima" e "limpou o que tinha que limpar".

    Dilma fez uma defesa da estatal, que está mergulhada em escândalo de corrupção e desvio de recursos operado por ex-dirigentes, políticos e grandes fornecedores.

    Segundo Dilma, a Petrobras "está de pé" e indicou que a prisão de ex-diretores como Paulo Roberto Costa e Renato Duque no âmbito da Operação Lava Jato –que investiga os desvios na petroleira– estancou a corrupção e permitiu que as atividades operacionais da empresa continuassem.

  • 13h40  

    Perguntado se é inocente pela deputada Eliziane Gama (PPS-MA), Vaccari respondeu apenas: "sou".

    Vaccari está sendo processado por lavagem de dinheiro pelo Ministério Público Federal e é apontado por delatores do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras como arrecadador de propinas de empresas contratadas pela estatal.

  • 13h56  

    O servidor da Câmara Márcio Martins de Oliveira, que soltou os ratos no plenário da CPI da Petrobras provocando tumulto no início do depoimento de Vaccari, já prestou depoimento no departamento de Polícia Legislativa. Acompanhado por seguranças, ele não falou com jornalistas.

  • 13h58  

    Sobre o relacionamento com o ex-diretor Renato Duque, Vaccari classificou-o de "amistoso".

    "O meu relacionamento, conforme eu prestei depoimento à Policia Federal, é um relacionamento amistoso e social. Uma pessoa com quem eu gosto de conversar, discutir política, assuntos diversos."

  • 14h09  

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    O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), e o vice Antônio Imbassahy (PSDB-BA) (Crédito: Beto Barata/Folhapress)

  • 14h10  

    Vaccari defendeu o financiamento público de campanha. "Sou a favor dos partidos receberem só recursos públicos diante da proporcionalidade que tem dentro do Congresso. É debate intenso que vem sendo feito dentro do PT e no nosso congresso do partido em Salvador deve ter posicionamento firme."

    O tesoureiro afirmou que os encontros que teve com Renato Duque foram ocasionais. "Eu vou reafirmar que quando fui prestar depoimento na Polícia Federal, que nosso relacionamento era amistoso e social. Não digo que sou plenamente amigo porque nunca fui à Casa dele, nunca visitei."

    "Exceto, quando nos encontrávamos ocasionalmente. Em relação aos encontros ocorrerem em hotéis", minimizou. "É onde eu fico hospedado."

  • 14h16  

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