A CUT realiza protesto em várias cidades do país nesta terça-feira (7) contra a aprovação do PL 4330, que regulamenta a terceirização em contratos de trabalho, e por bandeiras como a democracia e a reforma política.
Em São Paulo, o protesto reuniu bem menos manifestantes do que o previsto pela organização, e acabou virando um ato em defesa da saúde.
Também estão previstos atos em Brasília, Belo Horizonte, Salvador, entre outras capitais. O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a UNE (União Nacional dos Estudantes) estão entre as entidades sociais que participam do protesto.
A CUT e movimentos como o MST e a UNE realizam diversos protestos pelo país nesta terça-feira (7). As manifestações são contra projeto que libera as empresas e estatais para terceirizar qualquer parcela de sua atividade.
O tema, polêmico, mais uma vez opõe o governo a parte de sua base aliada.
Uma das principais bandeiras do empresariado, a proposta libera a terceirização da chamada atividade-fim –a produção de carros em uma montadora de veículos, por exemplo–, possibilidade hoje vedada por jurisprudência do TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Hoje, a terceirização é permitida apenas para atividades-meio. Por exemplo, faxina, segurança e serviço de refeitório de uma fabricante de cosméticos.
Responsável por pautar a votação do projeto, que tramita desde 2004, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apoia nos bastidores a medida.
O Solidariedade do deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, também é um dos defensores da proposta. Paulinho, como é conhecido, negociou diretamente o texto nas últimas semanas, juntamente com o relator, o deputado Arthur Oliveira Maia (SDD-BA).
A presidente Dilma Rousseff e sua coordenação política, por outro lado, decidiram mobilizar ministros nesta segunda-feira (6) para tentar barrar a votação.
O argumento é o mesmo utilizado pela Central Única dos Trabalhadores, a maior do país, e o PT: empresas irão demitir seus funcionários para contratar empresas terceirizadas que pagam salários e benefícios menores. Além disso, dizem que trabalhadores lesados terão mais dificuldade de recorrer à Justiça.
O texto deve ser votado nesta terça no plenário da Câmara dos Deputados.
(Crédito: Editoria de Arte/Folhapress)
Em algumas cidades, como Porto Alegre, os protestos começaram nos aeroportos.
Centrais sindicais fazem manifestação agora no aeroporto contra o Projeto de Lei da Terceirização (PL 4330/04). pic.twitter.com/H57nucbk7X
— AlbertoKopittke (@albertolk) April 7, 2015
Também há manifestação no aeroporto de Recife.
Entenda o projeto que libera as empresas e estatais para terceirizar qualquer parcela de sua atividade.
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(Crédito: Editoria de Arte/Folhapress)
Nas redes sociais, muitos internautas se posicionam contra a aprovação do projeto.
PL 4330 é uma violência sem medida aos trabalhadores do país. Se aprovada é motivo, aí sim, para multidão nas ruas.
— Alex Thomaz (@allexxth) April 7, 2015
Porto Alegre
Manifestantes protestam no aeroporto de Porto Alegre contra projeto de lei da terceirização (Crédito: Itamar Aguiar/Raw Image/Folhapress)