A Globo promoveu o debate entre sete candidatos ao governo de São Paulo: Geraldo Alckmin (PSDB), Alexandre Padilha (PT), Paulo Skaf (PMDB), Gilberto Maringoni (PSOL), Gilberto Natalini (PV), Walter Ciglioni (PRTB) e Laércio Benko (PHS).
Mediado pelo jornalista César Tralli, o debate teve quatro blocos.
1º bloco: temas livres escolhidos pelo candidato que faz a pergunta; todos devem ser perguntados ao menos uma vez
2º bloco: temas determinados por sorteio feito pelo mediador no momento do debate; cada um pode ser escolhido para responder por, no máximo, duas vezes
3º bloco: temas livres escolhidos pelo candidato que faz a pergunta; cada um pode ser escolhido para responder por, no máximo, duas vezes
4º bloco: temas determinados por sorteio feito pelo mediador no momento do debate; cada um terá dois minutos para suas considerações finais
Confira aqui mais fotos do debate dos candidatos ao governo de SP
O frio no estúdio do debate foi uma das principais reclamações dos políticos e convidados na plateia. O deputado federal José Aníbal (PSDB-SP) chegou a até mesmo reclamar com o diretor de relações institucionais da TV Globo, Fernando Vieira de Melo. "Fernando, ou diminua a temperatura ou distribua mantas pra plateia!", brincou.
Fustigado por ter feito declarações consideradas contra os homossexuais, o candidato do PRTB à Presidência, Levy Fidelix, sentou-se na cadeira mais à direita da plateia, na primeira fileira, durante o debate entre candidatos ao governo paulista.
Em campanha a deputado federal, o presidente estadual do PSDB em São Paulo, Duarte Nogueira, levou um montinho de santinhos no bolso do paletó. Com quem se deparava, entregava o material. Na vez do secretario especial do governador Geraldo Alckmin (PSDB), José Carlos Meirelles, recebeu elogio: "Esse aprendeu a fazer campanha. É o 35° santinho que ele me entrega", disse.
Maringoni candidato do PSOL ao governo de são paulo Pergunta para Geraldo Alckmin (PSDB): Quem banca a campanha do senhor são as empreiteiras?
Geraldo Alckmin Candidato do PSDB à reeleição ao governo de são paulo Resposta: Boa noite a todos, nossa campanha assim como todas, não tem financiamento público, o financiamento é privado, dentro da lei, e recebemos como todos os partidos recebem. Temos de ter uma reforma política, temos que diminuir o número de partidos no Brasil, hoje temos 32 partidos, mas 3 pedindo autorização. E se tivermos um número menor de partidos, poderemos ter financiamento público de campanha. Em relação a empresas, nós temos hoje, 465 mil pessoas trabalhando em obras no Estado de São Paulo, só na linha 5 do metrô, temos mais de 5 mil pessoas trabalhando.
Maringoni candidato do PSOL ao governo de são paulo Réplica: O candidato não respondeu minha pergunta. Três empreiteiras réus na Justiça por suspeita de corrupção doam para a campanha do Alckmin. É moralmente aceitável o candidato aceitar contribuições dessas empresas?
Geraldo Alckmin Candidato do PSDB à reeleição ao governo de são paulo Tréplica: O Cartel são 13 empresas. Nós estamos processando as empresas. Nenhuma dessas empresas citadas consta no cartel. Elas doam também para todas as candidaturas. As empresas que constavam no Cartel, nenhuma delas doa ao meu partido. Nós estamos processando elas.
Skaf candidato do PMDB ao governo de são paulo Pergunta para Gilberto Natalini (PV): Alckmin vendeu 25% dos leitos públicos nos hospitais para entregar à rede privada. Qual sua opinião sobre essa atitude do governador?
Gilberto Natalini candidato do PV ao governo de são paulo Resposta:Realmente nós temos falta de leito no Estado de São Paulo e no Brasil como um todo. O SUS tem sido muito prejudicado por falta de financiamento adequado para atender a população. Eu acho que os leitos públicos do SUS não podem ser transformados em leitos particulares ou para medicina suplementar. Nós do PV achamos que o SUS tem que oferecer atendimento gratuito e os leitos SUS tem de ser respeitados para as pessoas que não podem pagar. Temos que trabalhar muito para repropor o financiamento do SUS. Além de aumentar os programas de saúde, aumentar o atendimento hospitalar e implantar serviços de medicina necessários.
Skaf candidato do PMDB ao governo de são paulo Réplica: A Justiça impediu que fosse implantada a lei que Alckmin propôs para transferir os leitos para a rede privada. Perdemos quase 18 mil leitos nos hospitais público. Alckmin fecha muito mais leitos do que abre, por isso a população não sente melhora nenhuma na área da saúde.