As estações Carrão, Belém e Tatuapé, na zona leste de São Paulo, voltaram a operar normalmente na tarde desta quinta-feira (12). Elas haviam sido fechadas para embarque após fortes confrontos entre polícia e manifestantes ter acontecido nos arredores e dentro da estação Tatuapé.
O conflito começou por volta das 15h e durou cerca de 30 minutos. Segundo a polícia, os manifestantes atiraram pedras contra uma tropa que estava protegendo o local.
A Radial Leste chegou a ficar parcialmente interditada por manifestantes no cruzamento com a avenida Aricanduva. Cerca de 30 manifestantes fizeram um ato pacífico no local. A via já foi liberada.
Mais cedo, um grupo de cem black blocs aproveitaram duas manifestações que transcorriam na capital e forçaram confronto com a Tropa de Choque. Os embates ocorreram justamente porque a PM tinha a ordem de evitar que manifestantes interditassem a Radial Leste, a principal via que leva até o estádio do Itaquerão.
Aos menos seis pessoas ficaram feridas, entre elas a correspondente do canal CNN no Brasil, Shasta Darlington. Há protestos também em pelo menos oito capitais, entre elas Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Obrigado, leitor da Folha, por acompanhar por aqui as manifestações durante este primeiro dia da Copa do Mundo. Até a próxima!
"Eu estava com capacete e máscara, mas tirei para fazer o ao vivo. Foi uma das primeiras bombas, por isso mesmo a gente não esperava" afirma repórter da CNN ferida em protesto. Ela foi surpreendida por uma bomba lançada por policiais contra "black blocs" durante um ato na zona leste de São Paulo, e acabou ferida por um estilhaço.
Manifestantes contra a Copa têm feito suas participações nas Fan Fests. No Rio, comemoraram gol da Croácia e, em Brasília, tentaram panfletar, mas foram impedidos pela PM.
Torcedores lotam bar da rua Tuiuti, ao lado do metrô Tatuapé, estação onde mais cedo houve intenso confronto entre PMs e manifestantes. (Foto: Ricardo Bunduky/Folhapress)
Moradores da favela do Moinho assistem ao primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo de 2014. A seleção joga contra a Croácia. (Foto: Patricia Campos Mello/Folhapress)
Após confrontos, Radial Leste e estações do metrô são liberadas em SP. As estações Tatuapé, Carrão e Belém, que operaram com restrição no embarque mais cedo, já funcionavam normalmente
Na favela do Moinho, onde o Comitê Popular da Copa, com apoio de sem-teto, organiza o Manifest, moradores vibraram com o gol do Brasil, enquanto ativistas comemoraram quando a Croácia marcou o primeiro gol da partida. A favela fica no Bom Retiro, região central de São Paulo. no Bom Retiro, região central de São Paulo,
PM revista cerca de 200 pessoas na avenida Ipiranga, em frente ao edifício Copan, na região central de SP (Foto: Estêvão Bertoni/Folhapress).
Em Paris, durante esta quinta-feira, cerca de 300 pessoas se reuniram perto da embaixada brasileira para protestar contra a Copa do Mundo.
De volta ao Recife,Eduardo Campos (PSB) diz que protestos em SP refletem a insatisfação no país. O pré-candidato arriscou um palpite para o jogo desta quinta: Brasil 2 a 0 diante da Croácia.