A audiência realizada na tarde desta sexta-feira (6) com representantes do Metrô e funcionários da empresa terminou sem acordo. A categoria está parada desde a 0h de quinta (5) e deve fazer uma nova assembleia nesta noite para definir se continua ou não em greve.
O desembargador Rafael Pugliese, que mediou a reunião de hoje, chegou a dar um "sermão" às duas partes e disse que elas deveriam considerar o índice de 9,5% sugerido pela Justiça. O Ministério Público do Trabalho também esteve no encontro e sugeriu o índice de 9,2%, mantendo os benefícios já oferecidos pelo Metrô.
Mesmo assim, as duas partes permaneceram irredutíveis. O Metrô disse que chegou ao limite financeiro e não tem condições financeiras de elevar o reajuste para os 9,5% sugeridos pela Justiça ou para os 9,2% do Ministério Público do Trabalho. O presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, disse que consultou a diretoria e o secretário, e que não seria possível.
Sem acordo, a Justiça deverá julgar no próximo domingo (8), às 10h, os quatro processos envolvendo as partes: dois dissídios coletivos de greve (um ajuizado pelo MPT-2 e outro pelo Metrô), um dissídio econômico (Metrô) e uma cautelar inominada (Metrô).
PARALISAÇÃO
Com a paralisação, estão funcionando 35 das 61 estações do metrô administrada pelo governo estadual. A circulação ocorre em trechos das linhas 1-azul (entre Saúde e Luz), linha 2-verde (entre as estações Ana Rosa e Vila Madalena) e linha 3-vermelha (Bresser-Mooca e Santa Cecília). Apenas as linhas 4-amarela e 5-lilás funcionam sem restrição.
Com a restrição nos transportes, a capital paulista tem registrado longos congestionamento. Na manhã de ontem, a lentidão chegou a 209 km às 9h30, o que corresponde ao maior do período da manhã desde o início do ano.
Hoje, o pico da manhã chegou a 252 km, por volta das 10h30. O índice, porém, não contabilizado como recorde pela CET por ter ocorrido depois das 10h. O horário de pico considerado pela empresa é das 7h às 10h.
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Protesto da Força Sindical na avenida Paulista reúne cerca de 2 mil pessoas, segundo a PM. Eles bloqueiam duas faixas da direita, na altura do Masp, sentido Consolação. (Foto: Ricardo Bunduky/Folhapress)
A secretaria estadual de Transportes Metropolitanos pretende entrar nesta sexta-feira com um pedido de antecipação do julgamento da ilegalidade da greve. O julgamento da questão salarial deve ficar para este sábado no TRT.
Às 11h, estão abertas 29 das 61 de metrô administradas pelo governo. A linha 1-azul opera entre Ana Rosa e Luz. A linha 2-verde opera entre as estações Vila Madalena e Ana Rosa. A linha 3-vermelha funciona entre as estações Bresser-Mooca e Marechal Deodoro. A linha 5-lilás opera sem restrições desde cedo. A linha 4-amarela, operada por uma concessionária privada, também funciona sem restrições por toda a manhã.
Protesto da Força Sindical bloqueia duas faixas da avenida Paulista, na altura da avenida Brigadeiro Luís Antônio, sentido Consolação. (Foto: Ricardo Bunduky/Folhapress)
Neste momento, um protesto organizado pela Força Sindical fecha duas faixas da avenida Paulista, sentido Consolação, na altura da av. Brigadeiro Luís Antônio.
Os metroviários prometem um novo ato às 15h desta sexta, na estação Tatuapé do metrô. Será distribuída uma carta aberta da categoria à população, e depois os trabalhadores seguirão em passeata até o sindicato, próximo à estação, onde eles realizam assembleia às 17h.
Segundo o mapeamento em tempo real da CET, o trânsito na cidade de São Paulo registrava 252 km de lentidão às 10h31. Com isso, o recorde absoluto no período da manhã, 249 km registrados em 23 de maio de 2012, foi batido.
O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) marcou para as 13h desta sexta, no largo São Francisco, um ato simbólico de apoio à greve dos metroviários.
Com isso, às 10h, funcionam 29 das 61 de metrô administradas pelo governo. A linha 1-azul opera entre Ana Rosa e Luz. A linha 2-verde opera entre as estações Vila Madalena e Ana Rosa. A linha 3-vermelha funciona entre as estações Bresser-Mooca e Marechal Deodoro. A linha 5-lilás opera sem restrições desde cedo. A linha 4-amarela, operada por uma concessionária privada, também funciona sem restrições por toda a manhã.
Segundo o Metrô, a estação Marechal Deodoro, da linha 3-vermelha, começou a funcionar às 9h48 desta sexta-feira.