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Graça Foster é ouvida na CPI da Petrobras no Senado

É a segunda vez que a presidente da Petrobras, Graça Foster, comparece ao Senado para dar explicações sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

No dia 15 de abril, Graça participou de audiência pública no Senado e admitiu que a compra tinha sido um mau negócio, mas endossou a versão de Dilma ao afirmar que o resumo que norteou a compra da refinaria estava incompleto.

Aos senadores, a presidente da estatal disse que Pasadena "não foi um bom negócio". Isso é inquestionável do ponto de vista contábil. É um projeto de baixa probabilidade de recuperação do resultado", afirmou. Cobrada pelos deputados sobre a mudança de posição, Graça se justificou: "Analisarmos o passado é muito mais razoável do que analisar o presente".

Na época do negócio, a presidente Dilma presidia o Conselho de Administração da estatal e apoiou a compra. Em março, no entanto, Dilma afirmou que o fez com base em um parecer jurídica e tecnicamente "falho".

Dilma também disse que era injusto que a Petrobras, "a maior empresa brasileira", tenha sua imagem manchada por conta de erro de um funcionário. De acordo com a presidente, falhas como essa acontecem em qualquer empresa, mesmo as privadas.

O primeiro depoimento da CPI da Petrobras no Senado aconteceu no dia 20 de maio com a presença do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, que esteve à frente da estatal entre 2005 e 2011.

Gabrielli afirmou que Dilma não teve responsabilidade sobre o mau negócio. "É um negócio que era bom, passou-se um momento ruim, e agora voltou a ser bom negócio", defendeu o ex-presidente.

Por fim, Gabrielli disse que "a oposição quer criar um espetáculo" e "está querendo destruir uma empresa sólida".

O segundo depoimento foi no dia 22 de maio com o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Em sessão esvaziada, com apenas três senadores da base do governo, Cerveró afirmou que a refinaria de Pasadena, nos EUA, é motivo de "orgulho" entre os colegas da estatal.

O ex-diretor da Petrobras afirmou que a compra de Pasadena em 2006 "era uma vantagem" na ocasião. Entre as qualidades da refinaria apontadas por Cerveró estava a localização, a capacidade e a questão de ampliação da mesma. Ele negou que a refinaria seja "um carro velho" ou "um ferro velho". "Não há sucata nenhuma", disse.

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  • 14h03  

    Obrigado por acompanhar com a Folha mais uma reunião da CPI da Petrobras no Senado.

  • 14h03  

    O senador Antônio Carlos Rodrigues, vice-presidente da CPI da Petrobras encerra a reunião com a presidente da estatal, Graça Foster.

  • 13h58  

    Graça Foster Com relação as cláusulas, a cláusula de “Put Option” é uma cláusula comum. Mas, é preciso saber o preço de saída. Essa informação poderia ter sido levada ao conselho. A cláusula “Marlim” agrega valor, como agregou para a Astra. Eu entendo que essas cláusulas deveriam ser discutidas no conselho. Acho que Cerveró, por que estar mais imbuído do caso, talvez tenha considerado não era necessário. Mas, as cláusulas são tão importantes que prefixaram o preço de saída. Não tenho como dizer se o conselho faria diferente. Sobre o TCU, nós temos uma agenda positiva com o TCU. A dimensão que é o Brasil, que é o pré-sal, há um interesse muito grande das empresas. O TCU reconhece a importância de sermos ágeis, mas busca também ter um maior controle. O TCU precisa ter a informação e nós precisamos operar.

  • 13h57  

    A senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) Destaco a ausência da oposição na CPI da Petrobras. Nós queremos dar ao Brasil as respostas aos questionamentos. Uma mentira repetida 100 vezes vira uma verdade. E é isso que eles [oposição] querem. Olha a confusão do pré-sal. Teve que o ex-presidente Lula que intervir. Está claro que Pasadena foi muito acertado e é óbvio que está dentro do mercado. Se houvesse o conhecimento das cláusulas, não haveria a compra de Pasadena? Por que não ter uma saída legislativa para Petrobras?

  • 13h44  

    Graça Foster A Petrobras possui mecanismos internos de controle de cada um desses processo. Nós seguimos o decreto 247. Desde o início da construção, nós tivemos 318 contratos. Hoje, nós temos 43 contratos porque estamos próximos de 80% de realização física. Aditivos tivemos 243, não necessariamente de valor, mas há aditivos de prazo, de escopo, de custo. Até abril deste ano, já pagamos certa de US$ 2 bilhões. Aditivos são tão complexos quanto contratos. Eles precisam ter avaliação de diversas áreas: avalição técnica, jurídica, tributária entre outras. Passamos os aditivos de contratos e valores por comissões específicas, pelo jurídico e pelo desempenho empresarial. Eles levam meses para caracterizar um pagamento, pois passam por diversos filtros. Os aditivos são aprovados, de menor valor, pelo gerente, gerente-geral, pelo diretor. Há uma aprovação conjunta. A execução é de responsabilidade da empresa Abreu e Lima. Por mais rigorosos que sejam os processos, eles são fundamentais. Dessa forma, o TCU tem se mostrado um grande aliado a nossa empresa. Desses R$ 69,6 milhões nós temos uma diferença de R$ 19 milhões, que nós temos ajustados aos nossos processos de forma bilateral. O porto de Suape é perfeito para a refinaria de Abreu e Lima. A empresa Abreu e Lima foi presidida por Paulo Roberto Costa. Com a saída da PDVSA houve incorporação da empresa pela Petrobras. Dessa foram, os processos são menos complexos. As obras do canal ainda não foram concluídas. Na realidade, as obras estão paradas. Houve aplicação de recursos da União no porto de Suape. Não temos baixas contábeis na empresa de Abreu e Lima. A Petrobras tem 100% de refino no Brasil. A empresa Abreu e Lima traz para Petrobras resultados. Paulo Roberto Costa era presidente da empresa Abreu e Lima e, também, do setor de abastecimento. Ele cumpria o papel dele.

  • 13h44  

    O senador José Pimentel (PT-CE), relator da CPI da Petrobras: Desde 2008, o TCU fiscaliza as obras da refinaria de Abreu Lima. Houve aplicação de recursos da União nas obras em torno do complexo? Quantos contratos têm a refinaria? TCU apontou custo de R$ 69,6 milhões relativos a terraplanagem? Quanto a Petrobras repassou ao governo de PE por conta das obras do porto de Suape? Já foi praticada baixa contábil na Petrobras por conta dos investimentos? Qual a função de Paulo Roberto Costa na refinaria Abreu e Lima?

  • 13h28  

    Graça Foster As obras da refinaria de Abreu e Lima foram iniciadas com aprovação do estudo de viabilidade técnica e econômica. Era de todo estratégico que fortalecêssemos nossa presença na Venezuela e eles de fortalecer aqui no Brasil. Nosso petróleo pesado e o petróleo Marlim juntos trariam bons negócios para a Petrobras. Sentimos a falta da presença da PDVSA. Se a PDVSA não fizesse parte do nosso projeto, nós teríamos redução de custos. Então, seria diferente o arranjo da concepção do refino. Tivemos aumento de custo por conta da mudança do mercado, devido a diferenças de câmbio.

  • 13h27  

    O senador José Pimentel (PT-CE), relator da CPI da Petrobras: As obras da refinaria de Abreu e Lima foram iniciadas sem aprovação do estudo de viabilidade técnica e econômica? Todas as fases de construção da refinaria de Abreu e Lima têm estudo de viabilidade técnica e econômica? Por que a Petrobras fez sociedade com a PDVSA para a construção da refinaria? A estatal venezuelana tem respeitado o contrato? Por que a PDVSA desistiu de operar na refinaria?

  • 13h20  

    Graça Foster As plataformas da Petrobras deixam os estaleiros após a conclusão de todas as atividades necessárias a sua partida com as devidas certificações. A P-62 não saiu incompleta do estaleiro. Nós tivemos uma falha na integridade do braço de aço da P-32. Esse flair virou sucata. A Petrobras saiu do estaleiro com o sistema de amarração incompleto porque o sistema de amarração é feito na locação. Ele tem que estar pronto quando está em cima da locação. Havia no estaleiro Atlântico Sul riscos. Tivemos um princípio de incêndio na P-62, mas logo foi controlado. Tivemos uma exigência bastante objetiva e correta com relação a assinatura do nosso responsável para assinar os relatórios e confirmaram a integridade estrutural e de que não havia problema com a queda de pressão. Faltou, segundo a secretaria regional do trabalho, a assinatura do profissional habilitado. No dia 8 de maio, recebemos auto do Ministério do Trabalho. A Petrobras está fazendo todas as verificações para atendar à secretaria do Trabalho. Onze empregados, todos da abrigada de incêndio, morreram no acidente da P-36. A gente não pode esquecer esse acidente. Nós tivemos a ruptura do tanque de drenagem de emergência. O custo da P-36 com todo esse processo do acidente da P-36 foi de US$ 2,2 bilhões. Pagamos para as famílias em torno de quase US$ 4 milhões. Sofremos bastante. A P-36 sempre foi um símbolo para nós. Outros acidentes aconteceram, mas em escala bem menor. A P-20, tivemos um incêndio no final do ano passado. A nossa brigada de incêndio foi brilhante, com um acionamento muito rápido de combate do incêndio em toda área. Ficamos três meses com a produção parada. Apenas no início de abril deste ano, nós voltamos a produzir. A sonda de perfuração teve falhas. É um sonda contratada pela Petrobras. No ano de 2013, a Petrobras teve os melhores resultados nos números de segurança. Os planos de redução de custos existem, mas não passa pela área de segurança. Os sindicatos participam das comissões e nos cobram. Investimos cerca de US$ 2 bilhões na segurança.

  • 13h20  

    O senador José Pimentel (PT-CE), relator da CPI da Petrobras: Procedem as denúncias de que as plataformas foram lançadas ao mar faltando itens de segurança? A P-62 saiu incompleta do estaleiro? Qual a razão da queda do flair da P-62? Houve incêndio na P-62? A P-62 cumpriu todos os requisitos de segurança? Quais as principais razões do acidente da P-36? Houve pagamentos de indenização para as famílias? Quais as principais razões do acidente da P-20? Quais as principais razões do acidente da sonda? Houve redução nos custos de segurança? Como se dá a participação dos sindicatos nas comissões?

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