Após reunião com o superintendente regional do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, empresas e sindicalistas, motoristas de ônibus dissidentes fecharam um acordo para suspender a greve nesta quinta-feira e marcaram uma reunião pela manhã para retomar as negociações sobre reajuste salarial.
Apesar de o Ministério do Trabalho anunciar reunião com o prefeito Fernando Haddad (PT), a prefeitura informou que ainda não recebeu nenhum pedido de encontro. O prefeito já divulgou a agenda de quinta-feira com outros compromissos durante o período da manhã.
O secretário Jilmar Tatto afirmou que a prefeitura manterá a sua posição e não pretende retroagir na negociação com o sindicato. "E se há sabotadores, compete à polícia e ao Ministério Publico tomar a iniciativa. A cidade não pode ser refém de sabotadores".
No fim da noite de quarta, todos os terminais de ônibus que haviam sido bloqueados pelos grevistas já estavam reabertos, segundo a SPTrans.
Às 19h10, apenas os terminais Lapa e Campo Limpo permaneciam bloqueados pelos grevistas. A circulação de ônibus, porém, permanece interrompida em outros sete terminais e parcial em outros 13.
Terminais bloqueados:
Lapa
Campo Limpo
Terminais sem circulação de ônibus
Grajaú
Varginha
Parelheiros
Santo Amaro
Jardim Ângela
Sacomã
Mercado
Terminais com funcionamento parcial
Parelheiros
Bandeira
João Dias
Capelinha
Guarapiranga
Pinheiros
Pirituba
Casa Verde
Vila Nova Cachoeirinha
Amaral Gurgel
Penha
São Mateus
Parque Dom Pedro 2º
Os motoristas e cobradores de ônibus afirmaram que voltarão ao trabalho à 0h desta quinta-feira. Uma reunião entre Ministério do Trabalho, sindicato e trabalhadores dissidentes também decidiu por uma reunião às 10h de amanhã para pedir ao prefeito Fernando Haddad (PT), para que ele intervenha nas negociações.
“Nunca vi uma radicalidade tão grande por parte das empresas. Os empresários estão intransigentes e não aceitam reabrir negociações. Por isso, decidiram pedir a intervenção do prefeito para que ele ajude a pressionar as empresas a reabrir as negociações”, afirmou o superintendente regional do trabalho em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros.
A empresa não concorda em reabrir a negociação, uma vez que houve uma assembleia na última segunda-feira em que um grupo de trabalhadores aprovou o aumento de 10%. “Se não houve cooperação, vamoa parar a cidade de novo”, afirmou Paulo Martins Santos, representante dos grevistas da empresa Gato Preto.
De acordo com o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, cerca de um milhão de pessoas foram afetadas pela greve desta quarta-feira (21).
O secretário Jilmar Tatto afirmou ainda que Tatto disse agora que a prefeitura manterá a sua posição e não pretende retroagir na negociação com o sindicato. "E se há sabotadores, compete à polícia e ao Ministério Publico tomar a iniciativa. A cidade não pode ser refém de sabotadores", disse. Segundo estimativa da Prefeitura de São Paulo, cerca de 800 ônibus foram paralisados nesta quarta-feira (21).
A Prefeitura de São Paulo afirmou que adotará medidas cíveis e penais devido à greve, "visando a responsabilização pessoal dos diretores" dos sindicatos. "Não vamos aceitar chantagem e sabotagem. Vamos fazer de tudo para que os serviços sejam oferecidos. Se estamos fazendo nossa parte, compete a eles fazer a parte deles", disse o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto
A Prefeitura de São Paulo avalia a possibilidade de suspender o rodizio de veículos também para quinta-feira (22) caso a greve de motoristas e cobradores não seja encerrada. O prefeito Fernando Haddad (PT) nformou que notificou tanto o sindicato dos trabalhadores como o patronal para que cumpram o que está previsto no contrato: a oferta dos serviços de transporte.
A via mais congestionada da cidade é a marginal Tietê, com 15,5 km de lentidão. A morosidade está concentrada da ponte da Vila Guilherme até a rodovia Castello Branco, no sentido Castello.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registra 179 km de lentidão na cidade de São Paulo às 18h20, o equivalente a 20,6% dos 868 km de vias monitoradas pela companhia na capital. Mesmo com a greve de motoristas e cobradores de ônibus, a lentidão está abaixo da média de lentidão no horário, de 18%. A pior região é a zona oeste, com 56 km de filas.
Grevistas enfileiraram e desligaram dezenas de ônibus para bloquear o terminal Lapa (zona oeste) durante greve em São Paulo.
Segundo a CET, ainda há ônibus bloqueando parte de quatro vias da cidade por conta da paralisação de motoristas e cobradores. Os coletivos foram deixados nas vias pelos grevistas.
As vias com pistas fechadas são:
- Teodoro Sampaio
- Rangel Pestana
- Inajar de Souza
- estrada do Campo Limpo